Não está fácil o consenso entre operadoras fixas e móveis na livre negociação das tarifas de interconexão. Mas o diretor de marketing e comercial da CTBC, Eduardo Parra, está confiante num desfecho ainda nesta semana, após três reuniões com as teles celulares. Depois, se iniciará outra fase de negócios com a Anatel. Parra reconhece que há um grande desequilíbrio entre as tarifas fixas e móveis. ?Mas foi a forma de viabilizar a entrada das operadoras de banda B no celular?, ameniza o executivo. ?Não dá para tirar o equilíbrio de repente, como também não dá para ficar o desequilíbrio e a móvel entregar o aparelho a custo zero para o cliente.? A solução deverá sair da negociação entre Abrafix, entidade que representa as fixas, e a Acel, representante das móveis. Com operações móvel e fixa, a CTBC se senta dos dois lados da mesa para conversar.
Apostas dos analistas
Para profissionais do mercado especializados em telecomunicações ouvidos por este noticiário, está completamente descartada qualquer hipótese de aumento das taxas de interconexão fixo-móvel (VU-M). E mais: alguns analistas já trabalham com pequenos descontos variáveis de 2% a 5%, o que já complicaria bastante os números das operadoras de celulares, que obtêm entre 40% e 50% de suas receitas justamente na interconexão.
