Para Arun Sundarajan, professor de empreendedorismo da Leonard Stern Business School, da Universidade de Nova York, um aspecto importante quando se fala em educação voltada à tecnologia é a capacitação e formação de profissionais em meio de carreira.
"Tem um grande desafio que é a transição de adultos, a migração de quem está em meio a uma carreira e já tem uma vida construída, com conhecimento estabelecido, estabilidade de vida, para uma carreira mais ligada a áreas digitais. É fundamental para evitar a discriminação, garantir a dignidade desses profisssionais", disse o pesquisador, que participou do LAC ICT Talent 22, organizado pela Huawei, Unesco e Agência EFE na Cidade do México.
Ele lembra que durante a pandemia, muitas empresas passaram a adotar mecanismos de trabalho remoto e plataformas digitais, mas muitas profissões e categorias não passaram por esse processo, ou nem todos os profissionais conseguiram se adaptar a esses novos processos. Além disso, lembra ele, existem profissões com profissionais estabelecidos e experientes que estão passando por um rápido processo de transformação digital, e quem já está no meio da carreira muitas vezes precisa se adaptar.
"O desafio aos países e governos é criar um gateway para dar mais oportunidades e ferramentas de acesso a essas plataformas", disse ele. Em relação a profissionais liberais e empreendedores de maneira geral, o desafio é maior, porque não basta ensinar novas funções, mas dar um conhecimento mais amplo aos profissionais. "Não é apenas ensinar a usar a Internet, mas criar as habilidades, as capacidades para atuar na Internet, como marketing, como precificar, como distribuir, como criar o negócio". (O jornalista viajou a convite da Huawei)
