Prazo para concessionárias de telefonia fixa optarem por adaptação começa a correr

Após a aprovação dos novos valores para eventuais adaptações dos contratos de concessão da telefonia fixa (STFC), também começou a correr um prazo de 120 dias para que as concessionárias optem – ou não – pela migração para o modelo de autorizações, avaliada em R$ 33,6 bilhões na soma das prestadoras.

Nesta terça-feira, 25, a decisão com o recálculo dos valores pela Anatel (realizado após determinação do TCU) foi publicada no Diário Oficial da União, inaugurando oficialmente a contagem regressiva. Neste sentido, ofícios foram enviados para Vivo, Oi, Claro, Algar Telecom e Sercomtel avisando sobre o prazo máximo para apresentação dos pedidos de adaptação.

Assim, as empresas têm até 22 de novembro para manifestarem se optarão pela migração das concessões. A possibilidade de adaptação dos contratos foi introduzida pela Lei nº 13.879/2019, que instituiu o chamado novo modelo de telecomunicações. O pagamento dos valores ocorreria através de investimentos em redes de banda larga.

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Vale notar, contudo, que mesmo antes da revisão das cifras de adaptação pela Anatel, os valores originalmente calculados (R$ 22 bilhões) já eram considerados salgados pelas concessionárias, sendo inclusive questionados em processos de arbitragem. Os montantes atualizados podem ser conferidos no quadro abaixo:

EmpresaValor revisado da adaptação
Oi (Telemar + Brasil Telecom)R$ 19,929 bilhões
Telefônica (Vivo)R$ 8,717 bilhões
Claro R$ 4,181 bilhões
Algar TelecomR$ 579,5 milhões
SercomtelR$ 227,5 milhões
TotalR$ 33,635 bilhões

Caso as empresas concordem com as cifras, inicia-se uma fase de apresentação de projetos que terão os valores estabelecidos como contrapartidas de investimentos. Paralelamente, as concessionárias podem também optar por manter o regime atual até 2025. O efeito colateral nesse caso seria a incerteza que permaneceria sobre a questão dos bens reversíveis (imóveis, redes e equipamentos) diretamente ligados à oferta de telefonia fixa. Nesses casos, os bens retornam para a União em 2025, para que haja uma nova licitação para um concessionário de telefonia fixa.

Além disso, as concessionárias têm ações de arbitragem contra a Anatel questionando fatores que, segundo elas, teriam causado desequilíbrios econômico-financeiros nas concessões.

3 COMENTÁRIOS

  1. Preço muito caro para continuar concessão de telefonia fixa sendo que a maioria das pessoas já nem tem mais telefone fixo acho difícil as operadoras renovarem a concessão viu. Concessão de que? Telefone fixo deve ser tratado agora como um pacote conjunto com Internet de fibra ou conjunto com cel.

  2. Embora o número crescente,da telefonia móvel no Brasil, há sim quem também faça uso da Telefonia Fixa, da qual não abro mão. No meu entender uma não exclui a outra

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