A Embratel registrou um lucro líquido de R$ 93,6 milhões no segundo trimestre deste ano, mais que o dobro dos R$ 43,3 milhões registrados no trimestre anterior. A empresa acumula R$ 137 milhões de lucro no ano. No primeiro trimestre de 2004 a empresa tivera prejuízo de R$ 64,2 milhões.
A receita líquida da companhia foi de R$ 1,859 bilhão no trimestre. Esse valor é 2,9% maior que o registrado no mesmo período do ano passado e 2% menor que o primeiro trimestre deste ano. O Ebitda foi de R$ 422 milhões, 21,5% maior que no segundo trimestre de 2004 e 9,2% menor que no período de janeiro a março passado. A margem Ebitda foi de 22,7%, ante 24,5% do trimestre anterior e 19,2% do segundo trimestre de 2004.
O serviço que apresentou maior crescimento de receita foi o de linhas locais. Ela subiu 8,3% na comparação ano a ano e 12,3% na comparação com o primeiro trimestre, atingindo R$ 167,7 milhões.
No segmento de chamadas nacionais, a receita foi de R$ 1,012 bilhão. Na comparação anual, houve aumento de 3,5%, em razão do aumento de tarifas. Em relação ao trimestre anterior, houve queda de 2,7% em função de uma receita média por minuto menor, devido ao aumento da concorrência. Observe-se que o tráfego de minutos de longa distância nacional subiu 3,6% na comparação trimestral e caiu 0,7% em relação ao segundo trimestre de 2004, tendo registrado 3.094,8 bilhões de minutos.
Na área de comunicação de dados, a receita foi de R$ 438,2 milhões. Houve crescimento de 1,5% em relação ao mesmo período de 2004 e queda de 2% em comparação com o primeiro trimestre deste ano. A queda frente ao período entre janeiro e março se deveu ao reconhecimento de uma receita não recorrente de R$ 9 milhões de serviços prestados de Internet naquele período. A Embratel encerrou o semestre com 1,221 milhão de linhas equivalentes de 64 kbits providas a clientes corporativos. Só no período de abril a junho foram adicionadas 102,8 mil linhas. Na comparação com junho de 2004 o crescimento é de 60,2%.
Dívidas
A dívida líquida da Embratel teve uma redução significativa no trimestre, baixando de R$ 2,372 bilhões no fim de março para R$ 682 milhões ao fim de junho.
Durante o segundo trimestre, a empresa usou o R$ 1,8 bilhão de aumento de capital para pagar boa parte das dívidas: R$ 1 bilhão foi destinado para quitar notas promissórias locais, R$ 275 milhões para notas garantidas e US$ 165 milhões para dívidas de curto prazo.