Para analistas, interesse da Telmex por Embratel é especulação

TELETIME News ouviu nesta quarta-feira, de analistas mexicanos especializados no setor de telecomunicações, que o interesse de Carlos Slim (Telmex, Telecom Américas) na compra da Embratel ?é um desejo unilateral sem qualquer interesse correspondente da parte da MCI (controladora da operadora brasileira)?. O profissional de um banco espanhol diz acreditar que Slim estaria procurando ?de todas as formas?, utilizar os créditos (cut rate debt em valores superiores a US$ 300 milhões) contra a WorldCom comprados, com muito desconto, de antigos credores da falida companhia norte-americana.
Vale lembrar – como TELETIME News havia noticiado no início de abril – que o mercado de ações mexicano é francamente hostil à possibilidade de compra da Embratel pelo grupo liderado por Slim, prevendo que isso prejudicaria o valor da empresa nas bolsas.

Alta na Bovespa

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No Brasil, o mercado foi visivelmente comprador de Embratel, movido por um artigo publicado pelo jornal mexicano El Economista sobre a possibilidade de compra da operadora brasileira pela Telmex. As ações ordinárias da empresa (com direito a voto, justamente as mais valorizadas em especulações sobre a venda de empresas) chegaram a subir 16,32%. Em dia de movimento baixista na Bolsa de Valores de São Paulo (-0,63%), o papel acabou fechando com alta de 10,03 %, cotado a R$ 6,47.
Citando analistas do grupo financeiro México Ixe, o jornalista Jaime Hernandez diz que a compra dependeria apenas do preço. Segundo o El Economista, o diretor-geral da Telmex, Jaime Chico Prado, avalia a possibilidade de adquirir alguma empresa na América Latina, mas não há indicações dadas pelo executivo de potenciais alvos.
Alguns analistas brasileiros acreditam, porém, que o mercado faz ?extrapolações exageradas? da leitura do artigo. Veja as ponderações:
1) A Telmex, segundo o jornalista, avalia comprar alguma empresa na América Latina. A Embratel poderia ser um objetivo potencial, ?dependendo do preço de mercado?. Trata-se de uma informação requentada do Wall Street Journal de abril último.
2) O jornalista ressalva que a Telmex não confirmou nada, fazendo apenas afirmações genéricas sobre interesse por ativos latino-americanos. Os mesmos citados pelo WSJ, que incluía a CanTV da Venezuela e a Teo argentina.

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