As primeiras trocas de conselheiros e administradores nas empresas ainda administradas pelo Opportunity devem acontecer por volta do dia 12 de maio. É nessa data que vence o período de 23 dias contados a partir do último dia 20, quando fundos de pensão e Citibank pediram, oficialmente, a convocação de assembléias nas empresas Futuretel (topo da cadeia societária da Telemig e Amazônia Celular) e Opportunity Zain (topo da cadeia societária da Brasil Telecom). Depois disso, o mesmo procedimento será adotado para outras empresas, mas o intervalo deve ser menor, de cerca de 15 dias. Isso sem contar eventuais percalços na Justiça ou uma eventual decisão da Anatel acatando o recurso administrativo do Opportunity (na verdade feito pela própria Brasil Telecom) junto à agência.
Outro flanco da disputa é a ação que corre no Rio de Janeiro contra o "acordo guarda-chuva", documento celebrado pelo Opportunity com ele mesmo pelo qual o voto dos fundos de pensão e do Citibank nas empresas está amarrado ao do Opportunity mesmo agora, com o grupo de Daniel Dantas fora da gestão das empresas. Como a ação foi iniciada pelos fundos de pensão logo que o acordo guarda-chuva veio a público, no final de 2003, o Citi acabou entrando como réu. Mas é provável que o próprio Citi se manifeste, agora, em favor dos fundos de pensão, pois ele também tem interesse em derrubar esse acordo firmado por Dantas em nome de todas as empresas.
Caso Opportunity
