TIM abraça OTTs para vender banda larga

A política da TIM Fiber, braço de banda larga fixa da operadora, é de abraçar os over-the-top (OTTs) como forma de impulsionar a venda de serviços de acesso à Internet. De acordo com o diretor de marketing da empresa, Flávio Lang, trata-se de um processo simbiótico. "Estou vendendo um tubo, e o que eu estou fazendo é que o mercado escolha meu tubo porque funciona melhor com OTTs, é uma vantagem competitiva", afirmou ele durante o TM Forum em São Paulo, nesta terça-feira, 25.  "A melhor maneira de trabalhar é junto com elas (as empresas OTT), e assim atrai mais consumidores".

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Essa vantagem competitiva alegada tem uma razão. A companhia, que atualmente não está na prioridade de investimentos da controladora Telecom Italia, possui diversos acordos de peering e de redes de entrega de conteúdo (CDN). Companhias OTT como Google e Netflix possuem tais acordos com a TIM, otimizando o tráfego de dados para os seus serviços por meio da infraestrutura da tele.

Outro ponto é que os investimentos não precisam ser direcionados para a parte física. Na visão de Lang, ao contrário das incumbents que precisam lidar com infraestrutura legada, a TIM Fiber (com seu produto Live TIM) tem maior facilidade para aplicar o Capex. "Para a gente, como attacker, para colocar backbone de 1 Gbps ou 10 Gbps, é o mesmo custo. Estou colocando muita capacidade para maximizar, é a nossa abordagem", diz.

Sem lua de mel

Segundo o executivo da operadora, o Live TIM contava em janeiro com 52% de marketshare de "altas velocidades" (acima de 30 Mbps) nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Em termos de crescimento de mercado, Lang diz que a TIM foi a que mais cresceu em banda larga, com 25% de netshare de todas as velocidades. No índice de satisfação do cliente, a conexão fixa da empresa obteve índice "acima de 50" no Net Promoter Score. "O mercado de telecom normalmente fica negativo, e para 56% a nota foi acima de 9. Somente 6% deu nota 7 ou maior. Conseguimos criar um modelo sustentável, a base antiga é mais satisfeita, não teve um efeito de 'lua de mel'", disse o executivo.

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