Operadoras de VoIP iniciam ciclo de consolidações

A Transit Telecom está inaugurando no Brasil o conceito de operadora VoIP virtual. Desde maio, a empresa já fechou seis contratos com parceiros que têm licença de Serviço de Comunicação Móvel (SCM), mas sem capital para investir em infra-estrutura. Desta forma, elas prestam o serviço pela rede da Transit. Alexandre Alves, vice-presidente de tecnologia da empresa, acredita que esse é um movimento natural do mercado, já que muitas empresas só poderiam sobreviver graças a parceiras desse tipo. ?Isso mostra que o mercado está caminhando para uma consolidação?, disse ele.
Para se posicionar como uma carrier-de-carrier, a Transit Telecom investiu US$ 7 milhões na melhoria da capacidade de seu backbone e na ampliação das cidades atendidas; a empresa deve terminar o ano com presença em cem cidades – hoje está em 67.
?Esse modelo de negócio estimula a competição e deixa o mercado brasileiro um pouco mais protegido das empresas estrangeiras que prestam seus serviços no Brasil sem pagar impostos e sem oferecer a menor qualidade de serviço?, diz ele. Alves revelou também que a Transit tem planos de abrir o capital em dois ou três anos. ?Sempre fomos uma empresa cujos investimentos vinham do próprio negócio. Estamos fazendo toda a lição de casa para entrarmos (em Bolsa) de maneira consistente?.

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Marcos Gordon, diretor comercial da Tmais, também acha que as empresas começarão a se completar. ?É um movimento de competição sadia no mercado?, afirma. Gordon, acredita que ainda surgirão mais empresas de VoIP, mas poucas sobreviverão. ?Tem um pedaço desse mercado que é formado por empresas que surgem e em três meses desaparecem. Há uma alta rotatividade, e isso agride o mercado, especialmente de pequenas empresas?, afirmou. Leia mais sobre este assunto na matéria de capa da edição de agosto da revista TELETIME.

Pesquisa

Em consonância com a opinião dos executivos, a consultoria Frost & Sullivan divulgou uma pesquisa em que o mercado latino-americano de telefonia IP vem crescendo cerca de 13,9% desde 2005, o que deve gerar uma receita de US$ 429,9 milhões até 2011. Neste cenário, Brasil e México devem ser os mercados com maior expansão, enquanto a América Central e Caribe os que crescerão menos, de acordo com a consultoria.

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