Mais uma especulação sobre o futuro da Vivo

As ações da Vivo dispararam mais uma vez nesta terça-feira, 24, depois que o site espanhol ?El Confidencial? noticiou que a Portugal Telecom e a Telefónica chegaram a um acordo, segundo o qual a operadora espanhola ficaria com a totalidade das ações da Vivo. O acordo estaria condicionado ao sucesso da Portugal Telecom em se manter no mercado brasileiro, o que poderia acontecer pela compra da Oi. Segundo fontes não identificadas ouvidas pelo noticiário espanhol, a Oi seria o ativo que mais faz sentido para a PT. O papel Vivo PN fechou o pregão de hoje entre as maiores altas com 5,95%. Já a Vivo ON fechou com alta de 3,47%. Fontes da Portugal Telecom desmentiram os boatos à Reuters. A Oi também comunicou à CVM que não há nenhum tipo de "entendimentos, estudos ou tratativas relacionadas à eventuais investimentos da Portugal Telecom na Oi".
A analista Luciana Leocádio, da Ativa Corretora, acha muito difícil que a operação se consolide porque a Portugal Telecom não teria porte para adquirir a Oi. ?Não visualizo a Oi se desfazendo da operação móvel. E a PT não tem cash para fazer uma oferta pela Oi inteira, móvel e também fixa?, disse ela. Na opinião de Luciana, é certo que a situação entre Telefónica e Portugal Telecom não ficará como está. Segundo ela, uma saída mais factível é a Telefónica se desfazer de seus ativos na Vivo e partir para uma negociação com a Telecom Italia, afim de avançar sobre a TIM. Só que a Telefónica não parece disposta a gastar tanto. Especula-se que os espanhóis não teriam caixa suficiente para ficar com a TIM, porque a empresa tem um compromisso com os acionista de só desembolsar 1,5 bilhão de euros para aquisições mais eventuais liquidações de ativos.
Outra questão colocada pelos analistas, no caso de a Telefónica ficar com a totalidade das ações da Vivo, diz respeito ao tag along aos minoritários. Um analista lembrou que na criação da holding BrasilCel, através da qual Telefónica e Portugal Telecom passaram a controlar a Vivo, não houve o tag along para os minoritários das empresas incorporadas. ?Na época disseram que era uma parceria estratégica, que na operação não se caracterizava troca de controle. Mas e agora? Quem tem direito a tag along? Isso não se sabe?.

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