Analistas ouvidos por TELETIME News acreditam que o consórcio formado pelas operadoras de telefonia fixa (Telemar, Telefônica e Brasil Telecom) tende a ?estressar? até o limite a compra da Embratel pela Telmex. Isso porque ficará evidenciado que nenhuma das companhias tem condições de concorrer com a Embratel no mercado corporativo. Lembram que a companhia é a única que tem um extenso backbone nacional integrado, através do qual pode entregar dados e voz em grandes larguras de banda. Fora isso, a Embratel deve oferecer uma competição ?forte e rápida? na telefonia local.
Os profissionais especializados no setor acreditam que a nova Embratel vai ser agressiva logo de início, com forte injeção de recursos. No foco dos novos controladores estaria não apenas a consolidação da longa distância e do mercado corporativo, como uma incursão mais decisiva na telefonia local, com produtos de maior valor agregado (banda larga). Se sem a Telmex, a empresa esperava conquistar de 10% a 20% do mercado em até três anos. Com os mexicanos, o prazo pode ser reduzido para o final de 2005.
?Tudo o que as fixas querem é eliminar a capacidade de concorrência local e se apossar da carteira de clientes corporativos?, avalia uma analista, lembrando que 60% das receitas da Embratel provêem justamente de empresas.
Venda da Embratel