Mobile marketing depende de ajustes e evangelização para decolar

Há um modelo de negócios definido por parte das operadoras, assim como existe um modelo de remuneração por parte das agências. O que falta para que o mobile marketing cresça como plataforma de publicidade é o trabalho de evangelização junto aos anunciantes. Esta foi a conclusão apontada em painel que discutiu a realidade brasileira em mobile marketing no 1º Forum Mobile Plus: Mobilidade + Negócios. Segundo Fátima Pissarra, da Nokia, o celular é a única mídia que permite várias formas de interação, como click to call, vídeos interativos, localização do assinante. Além disso, permite tornar outras mídias interativas, bastando, para isso, que as outras mídias indiquem ao público um site móvel ou um número para envio de SMS.
Mas Adilson Batista, vice-presidente da agência de publicidade Wunderman, faz um diagnóstico mais amplo. Para ele, existe também uma dificuldade para a difusão do celular como mídia que é a multiplicidade de formatos, padrões e a própria variedade de celulares. "Hoje, qualquer ação no meio mobile torna-se muito complicada de ser executada", lembra.

Interação

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Leonardo Xavier, da agência Pontomobi Interactive, destaca que o mobile marketing, para ser eficaz, deve ser feito com interação com o usuário. Mas lembra que a interação "tem que ser subsidiada pelo anunciante, já que a maioria (dos celulares) é pré pago". Ele cita como exemplo case do evento Skol Beats, que chegou um pouco mais de 190 mil pessoas. "Essas pessoas não foram apenas impactadas por um banner, elas interagiram com a marca", disse, destacando que o anunciante pagou R$ 100 mil pela publicidade móvel. Para ter um retorno tão alto ao site do evento, foi usada uma base bastante segmentada. "Há dados de segmentação para os opt-in das operadoras, como CEP, idade, sexo" explica, falando sobre os assinantes de telefonia móvel que aceitaram receber campanhas no celular. Além disso, a campanha usou a tecnologia Bluetooth para enviar conteúdo de divulgação aos celulares.
Para Renato Virgili, da Agência Click, há resultados quantificados que precisam ser mostrados aos anunciantes. Contudo, segundo ele, ainda não foi definido um padrão de mensuração do retorno das campanhas. "Os clientes cobram métrica", lembra.

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