Faltam apenas duas companhias para completar a safra de balanços do setor de telecomunicações – Telemig Celular e Tele Norte Celular (Opportunity), dia primeiro; e Telemar, dia 3. Os analistas já estão refletindo, em relatórios, o que vêem como tendência em telecomunicação. Saem até agora como preferidas a Telesp Operacional, a Tele Centro Oeste Celular e a TIM.
Celulares
No segmento celular, o que chamou a atenção foi a rapidez com que as operadoras estão migrando para as tecnologias GSM e CDMA. Em janeiro, aliás, foi surpreendente o aumento da base de aparelhos GSM (5,4%), bem acima da média de crescimento (1,5%). Isso tem produzido efeito negativo nos balanços – especialmente da Telesp Celular – das empresas que, face o ritmo imprimido pela concorrência, foram obrigadas a intensificar investimentos em detrimento de lucros e/ou amortização de dívidas.
Fixas
No segmento de telefonia fixa, o melhor balanço até aqui foi o da Telesp (operação Telefônica) – crescimento de receita, de lucros e de margem Ebitda (esta, de 40,8% para 46,3% em um ano). Ganhou com aumento de tarifa, com expansão do ADSL, e ainda mostrou forte controle de gastos. Já a Brasil Telecom, apesar de dois reajustes de tarifas, não teve resposta nas receitas – parcialmente justificada pelo aumento da inadimplência e pela sazonalidade desfavorável em um grande mercado como Brasília, esvaziado em períodos de poucos dias úteis. Chamou a atenção, mais uma vez, a queda de margem EBITDA (pode ficar em torno de 36% em 2005) e a alta concentração de reajustes de serviços de terceiros no 4º trimestre.