Fonte próxima ao Planalto reiterou nesta quarta-feira, 23, a TELETIME News, que o governo está decidido a não entrar na disputa entre as operadoras de telefonia fixa e celulares a respeito da tarifa de interconexão fixo-móvel (VU-M). E mais: a Anatel não determinará qualquer aumento nas tarifas cobradas dos assinantes das fixas nas suas ligações para celulares (VC-1). Ou seja, as empresas, muito fechadas em suas posições (teles fixas querendo redução da VU-M e as móveis o aumento pelo IGP-DI), terão que se entender sozinhas.
Há uma convergência de fatores em favor da neutralidade do governo: 1) A Anatel está sem presidente definitivo e sem força política – o governo não se acertou internamente por um nome, em parte porque não há consenso, em parte porque não se sabe como ficará a situação do Ministério das Comunicações na reforma ministerial; 2) O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, dependeria o mínimo possível de ruído nos mercados, e ainda estaria apostando em percentuais pequenos de aumento ou mesmo em manutenção de tarifas – expectativa, aliás, de boa parte dos analistas do mercado de ações que cobrem o setor de telecomunicações; 3) O ministro-chefe da Casa Civil estaria distante desse jogo, ainda segundo a fonte.
Na verdade, disse a fonte, a melhor opção seria manter o status quo para preservar as celulares de uma perda muito forte de receita. As fixas, no entender das autoridades, estão em situação muito mais confortável do ponto de vista da estabilidade do negócio.
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