Seguindo o padrão da controladora, a Nokia Solutions and Networks também observou queda nas vendas em 2013, conforme divulgado nesta quinta, 23, no balanço financeiro. De fato, a NSN foi a responsável por maior parte das vendas da empresa, mas sofreu com desinvestimentos e a finalização de contratos.
Somente no último trimestre, a queda foi de 22%, fechando dezembro com 3,105 bilhões de euros em vendas líquidas. As vendas de serviços globais foram de 1,540 bilhão de euros (recuo de 22%), enquanto as vendas na área de banda larga móvel foram de 1,563 bilhão de euros (queda de 12%). A empresa afirma que isso ocorreu principalmente por conta de "menor atividade de implantação de infraestrutura wireless" e por flutuações de câmbio.
A América Latina, responsável por 10,95% das vendas totais, fechou o trimestre com 340 milhões de euros, recuo de 35%, devido principalmente a "contração nos gastos das operadoras e certas saídas de contrato". A maior queda (38%), entretanto, foi da América do Norte, que acabou ficando com a menor proporção das vendas (8,47%) ao somar 263 milhões de euros no período. A maior fatia, 29,21%, continua a ser da região da Ásia-Pacífico, que registrou queda de 23% e fechou dezembro com 907 milhões de euros. O único mercado que mostrou crescimento foi o da Grande China, com avanço de 2% e 424 milhões de euros em vendas.
Desempenho nos 12 meses
No consolidado do ano, o recuo foi de 18%, fechando o período com 11,282 bilhões de euros. A maior queda foi na área de serviços globais (17%, ou 5,753 bilhões de euros), mas que ainda vende mais do que a área de banda larga móvel, que teve recuo de 12% e fechou o ano com 5,347 bilhões de euros. A NSN se justifica alegando menos vendas em GSM e cores de redes, embora reconheça que essas teriam sido parcialmente compensadas pelo aumento das vendas em LTE principalmente na China, Europa e Ásia-Pacífico (excluindo Japão).
Com 420 milhões de euros, o lucro operacional da empresa, em compensação, conseguiu reverter a situação do ano de 2012, quando a NSN registrou prejuízo operacional de 795 milhões de euros. Ainda assim, houve queda no comparativo de trimestres: 4%, totalizando 243 milhões de euros.
A Nokia Solutions and Networks afirma que, desde a implantação do programa de reestruturação da divisão, em novembro de 2011, economizou mais de 1,5 bilhão de euros. Junto com isso, a NSN estima que o custo total desse programa será de 1,95 bilhão de euros, gerando um fluxo de saída de caixa de aproximadamente 1,7 bilhão de euros.