Como esperado, a Rioforte, que teve oficializado no último dia 20 o calote de 897 milhões à Portugal Telecom, deu entrada no pedido de gestão controlada na Justiça de Luxemburgo, uma espécie de regime de proteção contra credores previsto na legislação daquele país. A Rioforte seguiu, na verdade, os passos de sua controladora direta, a Espírito Santo International (ESI), que havia entrado com pedido semelhante no último dia 18. O Tribunal de Luxemburgo aprovou a gestão controlada da ESI nesta terça, 22, e a empresa passará a ter administração judicial com o objetivo de promover a reorganização do grupo e a venda de ativos.
Em comunicado, a Rioforte justifica que a "apresentação deste pedido está relacionada com as dificuldades substanciais ocorridas na sociedade que detém 100% do seu capital, a Espírito Santo International", e que "não está em condições de cumprir com as obrigações decorrentes de determinadas dívidas, cuja maturidade ocorreu desde 9 de Julho de 2014 e que se venceram após 16 de Julho de 2014". Ainda de acordo com a empresa, a gestão controlada permitirá uma reestruturação "transparente e ordenada" visando à sustentabilidade financeira no longo prazo, com a negociação organizada dos seus ativos, "tudo no melhor interesse de todos os seus 'stakeholders', em particular os seus credores".