Mercado móvel é a bola da vez para start-ups

As oportunidades para startups no mercado móvel são de trilhões de dólares nos próximos anos, de acordo com a visão de investidores presentes no 13º Tela Viva Móvel, evento iniciado nesta quarta-feira, 21, em São Paulo. Para tanto, o importante é ter a visão de empreendedor, aproveitando inclusive as características da plataforma para os mercados ainda inexplorados. E os agregadores de serviços podem ser um desses caminhos.

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O CEO da Movile, Fabrício Bloisi, cita o caso de seu cliente iFood, um serviço agregador de restaurantes online (marketplace) que só funcionava em versão desktop. "Em pouco mais de um ano de app, 55% das vendas já são mobile, o cliente considerou que é melhor fazer os pedidos por smartphone", afirma Bloisi. Os marketplaces são a menina dos olhos dos investidores. "O taxi e a comida são os dois segmentos hoje, mas não tenho dúvida que serão 20 ou 30 segmentos assim daqui a alguns anos", declara, citando comércios pequenos como cabeleireiros, farmácias e vendas de bairro. "A gente está muito confiante na expansão enorme de apps no marketplace e o breakthrough tecnológico é o mobile".

Ele acredita que há oportunidade de "trilhões de dólares" para companhias mobile, principalmente para as que pensam globalmente. "É super comum ter um empreendedor com uma grande ideia, mas que não conhece seu benchmark nos Estados Unidos, China ou Europa", diz. Ele cita como exemplo o caso da Play Kids, desenvolvedora de apps que chegou a ficar entre os dez maiores em pelo menos 50 países.

App não é empresa

"A inovação é importante, é reconhecer oportunidades. Mobile não é só formato, aplicativo, site móvel. É também para mercados onde o mobile ainda não entrou", afirma o cofundador da investidora 49booster, Márcio Chaer. Entre as startups da empresa, a Healbe GoBe foi citada como exemplo de agregação de ecossistema ao juntar a solução de pulseira inteligente com medidores de saúde (acelerômetro, bioimpedância e pressão arterial) com a de outra companhia. "Acabamos de anunciar investimento em empresa de prontuário médico na nuvem e ela começa a investir nesse tipo de coisa móvel", diz.

Ele critica investidores despreparados no mercado brasileiro, que estariam perdendo dinheiro por conta do alto risco de empresas que não dão certo após o aporte. O executivo diz que está em negociação "bem avançada" com dois bancos de investimentos para montar um fundo para apoiar empresas um pouco mais desenvolvidas do que startups, focando em conhecimento em marketing, mídia social e gerenciamento financeiro.

Pelo lado das startups, outro problema é que o despreparo pode matar uma ideia boa. "Vejo centenas de empresas que têm um aplicativo que pode ser maravilhoso, quebrar paradigma, mas não significa que tenham uma companhia. Pode ser genial, mas não é sinônimo de faturamento. Milhões de downloads também não é", ressalta o CEO da Pmovil, Fabián de la Rúa.

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