Brisanet vê 'pico' da competição na banda larga e rechaça rede neutra

O cenário competitivo acirrado no mercado de banda larga fixa está em seu "pico" e deve se arrefecer daqui para a frente com a consolidação do segmento e a saída de players do mercado, avalia a Brisanet, que lidera a oferta dos serviços no Nordeste.

Em conferência sobre resultados da empresa em 2023 realizada nesta quinta-feira, 21, o CEO da operadora cearense, José Roberto Nogueira, realizou tal leitura. "Não teremos mais a entrada de provedores. Estamos no pico desse excesso e daqui para frente vai ter um filtro. Quem não se profissionalizar e subir tíquete vai sair do mercado", avaliou.

No momento, a competição seria acirrada por todos os lados  e "não teria como piorar", relata o CEO. Há cidades – como Caruaru (PE) – com mais de 200 provedores apenas entre os legalizados, afirma Nogueira. Entre players pequenos, a empresa tem verificado ofertas mensais na faixa de R$ 39, o que já seria o piso dos preços possíveis. Mesmo algumas grandes estariam bastante agressivas, com ofertas que incluem assinaturas de R$ 50 durante o primeiro ano de contrato.

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A Brisanet, por sua vez, estaria satisfeita com os resultados da abordagem comercial com assinaturas acima de R$ 90. "Em vinte anos ainda vamos estar no mercado e a maioria dos nossos competidores não", disparou Nogueira. Segundo ele, é comum hoje a situação de provedores locais que absorveram lucros gerados pela banda larga em anos anteriores, agora ficando sem recursos para investir em expansão e endividados.

Rede neutra

Nogueira também comentou a perspectiva da venda de clientes de fibra da Oi, em negócio que a empresa declara não ter interesse por considerar o custo de uso das redes neutras muito alto. Os assinantes da Oi estão baseados em infraestrutura da V.tal.

"O custo do acesso à rede neutra é significativo, e no comparativo o nosso custo de acesso [com rede própria] é bem menor. Quem fizer aquisição vai continuar pagando esse acesso e mesmo que venha a negociar o valor, não vai ser um competidor. Hoje a Oi já tem um preço bem agressivo e mesmo assim não faz frente nas cidades em que a gente compete", afirmou Nogueira. Mesmo com a leitura, a Brisanet acompanha a situação de perto para antever impactos na dinâmica do mercado.

 

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