A Brisanet divulgou resultados operacionais do quarto trimestre de 2023 e do consolidado do ano passado na noite desta quarta-feira, 20, indicando uma receita líquida total de R$ 1,227 bilhão – após alta anual de 24,6%.
O crescimento, segundo a empresa cearense, foi justificado pelo crescimento de 17% na base de assinantes do grupo, que avançou em 192 mil acessos (todos orgânicos) no ano passado e bateu 1,29 milhão de clientes.
A partir da carteira, a Brisanet somou R$ 580 milhões em lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), ou salto de 33%. A margem da companhia também cresceu: três pontos percentuais, para 47,2% ao final do ano passado. A redução do ritmo de investimentos e expansão na fibra colaborou com o movimento.
Os números resultaram em lucro líquido de R$ 163 milhões ao longo do ano passado. Na comparação com os cerca de R$ 60 milhões apurados em 2022, houve avanço de quase 170%.
Operacional
A Brisanet oferece serviços de banda larga em 158 cidades dos nove estados do Nordeste, região onde é líder de mercado. Em 2023, a companhia também dividiu investimentos com o projeto de rede móvel 4G/5G, hoje disponível em 40 cidades – desde capitais até municípios com menos de 10 mil habitantes.
"Dessa forma, materializamos nosso propósito de interiorização do 5G", afirmou o grupo, reportando sinal em geografia que reúne 4 milhões de habitantes (principalmente no Ceará, mas também no Rio Grande do Norte).
"Em 2024, estaremos concentrados em ampliar ainda mais o alcance do serviço móvel, com previsão de atingir uma cobertura de 14 milhões de habitantes em 300 cidades do Nordeste", repisou a operadora.
Dívida
A Brisanet apresentou dívida bruta de R$1,249 bilhão ao fim de 2023, comparada a R$1,338 bilhão ao final de 2022. A dívida bruta é composta por empréstimos e financiamentos, debêntures, obrigações de arrendamento e operações com derivativos.
Considerando um caixa ao final de 2023 de R$ 504 milhões, a dívida líquida da empresa somou R$745,7 milhões, comparado a R$743 milhões no exercício anual anterior.
"A companhia acompanha o indicador dívida líquida/EBITDA como referência de seu nível de endividamento. Esta é a mesma métrica usada para os limites financeiros impostos pelas debêntures, onde este indicador não pode ser maior que 3,5x no ano. Em 2023, a dívida líquida/EBITDA era de 1,29x", apontou a Brisanet.