Enquanto não resolve de vez o processo para a volta da Telecom Italia para o bloco de controle da Brasil Telecom, assegurando uma perna na operadora fixa, a TIM continua a trabalhar com o que tem disponível: mobilidade e cobertura nacional. O presidente da TIM, Mario Cesar Pereira de Araujo, tenta mostrar que não é o único caso nessa empreitada, ao citar outros exemplos, como a Vodafone, do Reino Unido, que tem somente telefonia móvel e lidera seu mercado. ?Outras operadoras têm serviço móvel e fixo, cada uma faz sua estratégia de acordo com os arranjos disponíveis?, disse Araujo. ?Se tivermos telefonia fixa, poderemos adicionar. Além disto, temos um diferencial, porque somos a única operadora com cobertura para o Brasil todo.?
O executivo destacou também que mesmo no caso da Vivo e Telefônica, as operadoras atuam de forma quase independente, com os casos de sinergia restringindo-se a Oi/Telemar, Brasil Telecom/BrT GSM, CTBC e Sercomtel – estas duas últimas com as operações fixo-móvel pertencentes ao mesmo controlador.
Nem Araujo nem o diretor geral da Telecom Italia para a América Latina, Marco Patuano, quiseram comentar os últimos acontecimentos envolvendo o retorno da Telecom Italia ao bloco de controle da BrT, ou o processo envolvendo o Opportunity.
Consolidação regional
Quanto à estratégia para consolidação em nível regional, para enfrentar concorrentes fortes como Telefónica e Telmex, Patuano foi reticente. Disse que os dois mercados considerados importantes para a Telecom Italia são o do Brasil e o da Argentina. A empresa italiana já assinou acordo de pré-venda das operações no Chile e Venezuela. Indagado se o mesmo ocorreria com as operações no Peru e Bolívia, o executivo afirmou: ?Estamos racionalizando as operações quando recebemos ofertas coerentes.?