Ainda no calor da discussão sobre a revisão nos modelos de telecomunicações, objeto de consulta pública encerrada na semana passada, a Anatel divulgou nesta quinta, 21, o balanço da telefonia fixa (STFC) no Brasil referente ao mês de novembro de 2015. Ambos os serviços de autorizadas e de concessionárias mostraram queda mensal, resultando em uma diminuição de 0,48% na base total de STFC no País, fechando o período com 43,834 milhões de acessos. Comparando com dados de dezembro, trata-se de um recuo de 2,60%, ou 1,167 milhão de desconexões.
Apesar de ter demonstrado crescimento entre agosto e setembro, a base das concessionárias voltou a apresentar queda entre setembro e outubro (178,5 mil desconexões) e entre outubro e novembro (158 mil desligamentos). Assim, a base agora é de 25,612 milhões, ou 58,43% do total, mostrando contínua perda de participação em relação às autorizadas – no ano já foi uma queda de 2 pontos percentuais (p.p.). Comparando com o registrado em dezembro, as concessionárias perderam 1,582 milhão de acessos, recuo de 5,82%.
Quem mais contribuiu para os desligamentos foi a Oi, com 1,230 milhão de desconexões no ano (7,56% de encolhimento) e 105,3 mil no mês (0,69%). Mas ela continua sendo a maior base, com 15,049 milhões de linhas. Em seguir vem a Telefônica, com 9,670 milhões e que encolheu 0,53% e 3,59% no comparativo mensal e com dezembro, respectivamente.
Autorizadas
Os acessos das autorizadas, que vinham mostrando crescimento mensal até outubro, passaram também a ter queda em novembro: 0,29%, ou 53,4 mil acessos a menos. Ainda assim, no acumulado do ano, registram crescimento líquido de 2,33%, ou 414,5 mil linhas novas.
A queda no 11º mês do ano passado aconteceu devido à retração na base da América Móvil (Claro, Embratel e Net), com 0,52% de recuo, ou 60,6 mil desconexões no mês. Devido ao desempenho melhor em outros meses, a queda no ano é até um pouco menor: 0,50%, ou 58,1 mil desconexões. Ainda assim, ela é, de longe, a líder de mercado, com 11,574 milhões de linhas. É mais que o dobro da segunda colocada, a Telefônica (já contando com acessos da GVT), que ficou com 5,403 milhões de acessos como autorizada. A operação do grupo espanhol mostrou avanço mensal de 0,13%, ou 7,1 mil adições, e no ano acumula um crescimento de 4,56% (235,7 mil adições).
Orelhões
Os acessos públicos, incluindo telefones populares (AICE) e orelhões (também com adaptados para portadores de necessidades especiais), totalizaram 1,066 milhão de linhas em novembro. Trata-se de um recuo mensal de 0,06%, mas avanço no ano de 1,11%. Os acessos de AICE aumentaram 0,54% e 10,99% no mês e no ano, fechando o período com 176,8 mil acessos. Os TUPs (excluindo os adaptados) encerraram novembro com 863,5 mil linhas, queda de 0,16% e 0,63%.
Vale lembrar que todos os demais serviços de telecomunicações (banda larga, TV por assinatura e telefonia móvel) também mostraram queda em novembro, ainda segundo dados da Anatel.