Philco e Microsoft desenvolvem TV com acesso à web

A Itautec Philco e a Microsoft lançaram nesta quinta-feira, 20, o primeiro televisor produzido no Brasil com acesso à Internet. O produto foi desenvolvido pela equipe de engenheiros da Philco ao longo de dois anos e recebeu investimento de R$ 10 milhões. A Microsoft Brasil adaptou seu sistema operacional XP para uma versão simplificada. A previsão de vendas é de 6 mil unidades até o final do ano.
O equipamento, batizado de NeTVision, pode ser conectado à web por linha discada, banda larga ou qualquer outra tecnologia de acesso. O usuário pode escolher o provedor de seu interesse, porém a Philco está incentivando o uso do Speedy, acesso ADSL da Telefônica.
A fabricante de televisores fechou um acordo com a operadora para que, nos primeiros seis meses, o cliente da NeTVision que usar o Speedy 600 pague o valor do Speedy 300, o que representa uma economia de R$ 528,00 no total das mensalidades, segundo o diretor de negócios de Internet da Telefônica em São Paulo, Fábio Bruggioni. Além disso, o sistema operacional da TV vem com um ícone do iTelefônica para o usuário que optar pelo acesso gratuito à web.

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Inicialmente, apenas um modelo de 20 polegadas será comercializado a um preço de R$ 1,6 mil, mas a idéia da Philco é ter novos aparelhos de 21 e 29 polegadas já no primeiro semestre de 2004. ?Vai depender da demanda e da aceitação do público, mas estamos preparados para fabricar 5 mil televisores por mês?, explica o vice-presidente de propaganda e marketing do produto, Cláudio Vita.
O NeTVision é destinado a pessoas de classe B- e C+ como uma primeira opção de acesso à Internet ou para classe A como uma segunda opção. ?Também é interessante para uma família manter um televisor como esse na casa de praia ou campo, onde normalmente não se utiliza um PC?, diz Vita. A Philco também pretende demonstrar o produto para órgãos governamentais com o objetivo de incentivar o uso em projetos de inclusão digital.
O NeTVision tem apenas 10 Mb de memória, o que não permite ao usuário fazer downloads de filmes ou qualquer arquivo mais pesado. Mas segundo o diretor de desenvolvimento de produtos da Philco, Wilton Ruas, isso não deve ser um impedimento para a compra do produto. ?A idéia não é transformar a TV em um computador, apenas permitir a navegação em sites para o pagamento de contas, ver notícias, e-mails, entrar em chats, essas coisas?, diz.
Em relação a outras tentativas do mercado de criar televisores com acesso à Internet que deram errado, Ruas defende-se dizendo que o problema foi que sempre tentaram conectar a tecnologia analógica da TV à digital. A solução encontrada pela Philco foi usar um processador, placa gráfica e memória flash integrados ao aparelho e adaptar o sistema da Microsoft para algo muito mais simples. "Conseguimos criar uma interface entre o analógico e o digital, com uma grande melhoria na qualidade de imagem", diz Ruas.

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