Para investidores, leilão não terá efeito imediato no setor

O leilão das sobras de licenças das bandas D e E deve produzir mais efeitos indiretos do que diretos sobre o mercado de telefonia, segundo interpretação de especialistas do mercado ouvidos por TELETIME News. O efeito indireto mais óbvio diz respeito à compra do lote 1 (Grande São Paulo) pelo consórcio Telecom Américas. Ninguém acredita que o consórcio queira outra coisa senão pressionar a BCP a entregar a sua operadora por um preço conveniente. É um jogo perigoso.
Se der certo, o Telecom Américas devolve a licença e paga os 10% previstos para o caso de desistência (R$ 31 milhões). Se não der certo, investe aos poucos em nichos específicos e espera a deterioração total da BCP. Nas demais licenças, no Sul (Paraná e Santa Catarina) e Nordeste (Bahia e Sergipe), o investimento será mais rápido porque isso faz parte da estratégia geral da empresa.
O efeito indireto mais inesperado se refere à Tele Celular Sul (TIM Sul), que pode perder valor no mercado. De fato, todas as análises vinham levando em conta que a operadora continuaria trabalhando com apenas mais uma concorrente, a Global Telecom, da Portugal Telecom/Telefônica. Ocorre que agora terá que enfrentar também a Telecom Américas e a Brasil Telecom. Note-se, porém, que essa percepção ainda não é nítida. Tanto que o papel da TIM Sul (TCLS4) foi bem no pregão desta quarta-feira, 20, fechando a R$ 2,72, com alta de 1,87%.

Notícias relacionadas
Como se previa, Telemig Celular e Tele Centro Oeste Celular (TCO) passam a ser percebidas como empresas à venda, mais do que nunca. E saem-se bem. No caso da Telemig, a empresa que ganhou licença na área, a Vésper, é considerada frágil. No caso da TCO, a nova concorrente, a Brasil Telecom, só entra de forma complementar a seus serviços de telefonia fixa.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!