BrT só deve operar SMP em 2004

As aquisições feitas pela Brasil Telecom (BrT) no leilão de sobras do SMP parecem confirmar a sua estratégia de se concentrar na própria área onde atua em telefonia fixa. A telefonia móvel entraria como um serviço complementar a seus clientes ? especialmente corporativos.
Haveria uma dupla vantagem nessa operação: por estar localizada na sua própria área de atuação, a empresa poderia ter um aproveitamento maior da rede já montada, o que implicaria investimentos relativamente menores que os das outras companhias. Além disso, teria economia significativa com interconexões.
A dúvida é quando e em que ritmo a BrT faria seus investimentos. Se quiser entrar logo no mercado, terá que antecipar as metas de universalização. Principalmente as caras e pouco rentáveis metas de telefonia pública e de atendimento a regiões mais carentes (e mais sujeitas a inadimplência). Teria, portanto, que ampliar os desembolsos, enfraquecendo seu caixa e pondo em risco a sua rentabilidade. A outra alternativa seria não antecipar metas e investir aos poucos para operar em meados de 2004. O risco aqui é a perda de espaço para os outros concorrentes, principalmente se houver uma recuperação mais rápida da economia.

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O mais provável é que a BrT opte pela segunda hipótese baseada em um cenário de recuperação mais lenta da economia brasileira, com taxas de juros e de câmbio ainda altas. E como fica o acordo com a Telecom Itália, já que a entrada da BrT na telefonia móvel impede a volta dos antigos sócios ao controle da companhia? Diferentes fontes asseguram que os italianos já não têm interesse nesse retorno.

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