É preciso unir serviços de localização (LBS, na sigla em inglês) com publicidade móvel. A necessidade foi expressa com clareza pelos quatro executivos que participaram de um painel sobre LBS 2.0 no 9º Tela Viva Móvel, que aconteceu esta semana, em São Paulo. Experiências de sucesso como o Foursquare estão animando o mercado e alguns dos primeiros projetos de mobile advertising com localização no País poderão ser da LBS Local e da PMóvil, ainda este ano.
A Nokia, que em janeiro tornou gratuito seu serviço de navegação e disponibilizou recentemente duas APIs para estimular o desenvolvimento de aplicações de LBS no Ovi Maps, vê o casamento entre publicidade móvel e localização como uma boa oportunidade, disse o gerente de marketing e serviços da fabricante finlandesa, Vinícius Costa. Por sinal, a Navteq, empresa que fornece mapas digitais e que foi adquirida em 2007 pela Nokia, já tem uma plataforma para gerenciar anúncios relevantes de acordo com a localização do usuário, informou seu diretor para América Latina, Helder Azevedo.
Os desenvolvedores também estão entusiasmados com a possibilidade. A PMóvil pretende lançar em breve na América Latina uma rede social móvel baseada em localização e cuja receita virá toda de publicidade. A LBS Local, por sua vez, promete ainda este ano incluir publicidade com localização em seus aplicativos móveis, como o Apontador Trânsito. Segundo Rafael Siqueira, CTO da companhia, a ideia é analisar o perfil de movimentação dos usuários dentro de uma cidade para sugerir anúncios que lhe sejam relevantes.
Para que grandes marcas se interessem em anunciar usando LBS, é preciso que os serviços ganhem massa crítica. "É necessário viralizar as aplicações", disse Siqueira. E isso ainda está um pouco de longe de acontecer no Brasil. Uma das ideias da LBS Local é tentar promover seus aplicativos junto a redes sociais na Internet. A PMóvil, por sua vez, tentará conquistar parte de sua baste de 4 milhões de usuários de SVA da marca Toing na América Latina.
