Miro descarta ameaçar operadoras com dilatação de prazo

O ministro das comunicações, Miro Teixeira, afirmou nesta quinta, 20, em Brasília, que não pretende usar o argumento de que o reajuste de tarifas, segundo o contrato, não precisa ser feito no décimo-segundo mês, para obrigar as empresas a negociar o valor do reajuste. ?Quando se chama alguém para a negociação, não se diz que vai fazer isso ou aquilo porque aí vira ameaça?, explicou Miro.
O ministro declarou esta semana que os contratos de concessão determinam que o reajuste seja feito após um período mínimo de 12 meses, o que não significa que o reajuste não possa ser feito em período superior a este. A frase foi interpretada como uma ameaça às empresas que têm demonstrado pouco interesse em negociar um reajuste menor do que o IGP-DI acumulado no período.
Na opinião do ministro, é o bom senso que vai determinar a necessidade de negociação. ?A economia brasileira aos poucos está se reindexando, o que acelera o processo inflacionário. Então há regras que estão determinadas em contratos. Nós não vamos descumprir contratos em hipótese alguma. E é por isso que estamos pedindo a negociação?, completou Miro Teixeira.

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Sobre a possibilidade de negociação do reajuste, o presidente do Grupo Algar, Luiz Garcia, declarou: ?Ninguém foge ao diálogo. Se o ministro convocar todas as operadoras e pedir para elas abrirem mão de seu direito, tenho a impressão que vão atendê-lo, como já fizeram no passado?. Garcia reuniu-se com o ministro Miro Teixeira nesta quinta, mas disse que não falou sobre reajuste durante o encontro. O motivo foi, segundo ele, assunto particular.

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