Oi envia documentos à CMVM para provar que alegações de Granadeiro são falsas

Em mais um desdobramento da tormenta que vive a Oi desde o calote de 897 milhões deu euros da RioForte, do Grupo Espírito Santo, na Portugal Telecom, a Oi tenta agora provar à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de Portugal que são falsas as declarações do ex-presidente do conselho de administração da Portugal Telecom SGPS, Henrique Granadeiro, segundo quem não apenas a Oi teria tido necessariamente conhecimento, como teria tido inclusive participação na transação de compra dos títulos de dívida da RioForte.

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Em documentos anexos a uma carta enviada ao regulador português, assinada por seu presidente Bayard Gontijo, a Oi informa que "697 milhões de euros foram subscritos pela Portugal Telecom International Finance BV (PTIF) (…) em 10, 20 e 21 de fevereiro de 2014 e renovados em 15 e 17 de abril de 2014 (…) E os restantes 200 milhões de euros foram subscritos pela Portugal Telecom SGPS SA em 13 de fevereiro de 2014 e renovados em 15 de abril de 2014" e que o modelo de gestão centralizada, revogado em março daquele ano, não alcançou a PTIF, "integrada ao patrimônio da PT Portugal somente em 5 de maio de 2014, mesma data em que a PT Portugal foi transferida à Oi".

A empresa brasileira junta ainda fato relevante da PT SGPS assinado pelo próprio Granadeiro em 30 de junho "de onde claramente resulta o reconhecimento da sua responsabilidade na subscrição e gestão do referido papel comercial". A Oi diz que Granadeiro, em sua condição de "participante confesso do episódio da Rio Forte", trouxe ao conhecimento da CMVM e do presidente da Assembleia "informação falsa". E vai além: "Não satisfeito, o Sr. Dr Henrique Granadeiro, de forma ostensiva, deu publicidade ao comunicado que promoveu, através de declarações diversas a órgãos de comunicação social".

Diante disso, a Oi oficializa agora sua intenção de ir à justiça contra o ex-presidente do conselho da PT SGPS. Ela tomará "os procedimentos judiciais sancionatórios (contra Granadeiro) que se justificam atenta a ilicitude da sua conduta, agravada pelo relevo midiático da sua personalidade, pelo desempenho de funções de Presidente do Conselho de Administração da PT SGPS, SA durante largos anos e pelos gravíssimos danos que está a causar à entidade signatária e aos seus acionistas". A íntegra da carta e seus anexos estão na homepage de TELETIME.

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