American Tower comemora 4 anos da rede LoraWAN e vê amadurecimento do mercado de IoT no Brasil

Emerson Hugues, diretor geral da American Tower

A American Tower comemorou esta semana os quatro anos de lançamento da rede LoRaWAN para serviços de Internet das Coisas. Na visão do diretor geral da operadora no Brasil, Emerson Hugues, o segmento de IoT foi bastante impactado durante o período da pandemia, mas já existe um processo de retomada do desenvolvimento das soluções. "Mesmo com essa retração, a nossa rede já trafegou mais de 5 bilhões de mensagens e hoje podemos dizer que o ecossistema de IoT está bastante maduro". Hoje existem cerca de 130 fornecedores diferentes e mais de 200 dispositivos que funcionam na rede LoRaWAN

A rede LoRa da American Tower chega a 67% do PIB e mais de 280 cidades, com aplicações na área de políticas públicas, monitoramento de cargas e veículos e agronegócio. Durante a Futurecom 2022, que aconteceu esta semana em São Paulo, a American Tower lançou um site específico para prefeituras, explicando o funcionamento de diversas aplicações de IoT baseadas na rede LoRa e que podem auxiliar na implementação de serviços públicos, como iluminação urbana, segurança e medição.

Rede neutra

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O modelo de rede LoRaWAN é o de uma rede neutra de IoT, mas a American Tower também foi a primeira a adotar o conceito de rede neutra de fibra, quando adquiriu a infraestrutura da Cemig Telecom, em 2018, e o lançamento da rede em Belo Horizonte, em 2020.  Emerson Hugues analisa que há um cenário de consolidação entre os ISPs ao mesmo tempo em que há uma competição crescente no mercado de redes neutras, "mas esse é um movimento que veio para ficar e que vai ajudar a levar redes de qualidade para todo o Brasil". 

Segundo ele, o Brasil é um cenário diferente, porque ele não está mal atendido e há pequenos provedores muito fortes. " Mas eles precisarão crescer e é aí que demandarão as redes neutras".  Para Hugues, o ponto de atenção é a sobreposição da construção de redes, o que pode criar ineficiências, mas ele ressalta que a American Tower está em processo de expansão territorial de suas redes de fibra e deve anunciar nos próximos dias um plano de ampliação.

Outra oportunidade, diz ele, é o avanço das redes móveis, que precisarão de backhaul.

Torres

Para o gerente geral da American Tower, a recente concentração de mercado com a compra da Oi Móvel terá um impacto limitado no mercado de torres, que é o principal negócio da American Tower. "Existe um reordenamento da cobertura das operadoras e isso pode ter algum efeito para as empresas de infraestrutura, mas isso deve ser rapidamente compensado com a entrada dos operadores regionais e com a demanda maior por torres e sites por parte das redes nacionais", diz Emerson Hugues. Esse aumento de demanda pelas grandes operadoras, segundo ele, deve começar a ser sentido em dois ou três anos, com a necessidade de adensamento das redes de 5G e com as obrigações de cobertura em áreas não cobertas.

Ele pondera que o mercado de torres está se beneficiando da simplificação das legislações de antenas, que hoje já ultrapassam 200 cidades com legislações consideradas positivas para a construção de infraestrutura. "O Movimento Antene-se tem feito com que o interesse dos municípios por modernizar suas legislações comece a ser espontâneo e proativo por parte das prefeituras".

A American Tower, diz ele, não tem planos de entrar no mercado de redes neutras móveis, como a Winity ou a Highline, mas está disposta a trabalhar com os clientes no desenvolvimento de soluções mais completas para além da infraestrutura de torres e antenas. "A gente tem a experiência de redes neutras, mas isso passa por uma demanda do mercado. Se houver, nós poderemos atender", diz o diretor geral da American Tower.

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