Celistics planeja lançar empresa de pontos de recarga em 2015 no Brasil

De olho no mercado de pré-pagos e da população ainda não bancarizada, a companhia de logística Celistics quer trazer ao Brasil a sua divisão de pontos de recarga, a Movilway. A intenção é começar as operações no primeiro trimestre de 2015 oferecendo os pontos de compra de crédito para celular e, depois essa primeira fase, oferecer serviço de carteira digital em feature phones, de forma semelhante à Zuum, joint-venture entre Master Card e Telefônica, a MFS.

De acordo com o CEO da Celistics para o Brasil, Kemen Azpirichaga, a meta é ter cerca de 200 mil pontos de venda no País até 2017, o que corresponderia a 40% do total da América Latina, que atualmente tem 90 mil pontos e passaria a ter 500 mil em três anos. “O plano que temos é para o primeiro trimestre do ano que vem, e agora nesta semana vamos ter conversas com pessoas importantes aqui”, disse. Azpirichaga informa que a companhia atualmente transaciona um volume de US$ 850 milhões na região.

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O presidente da Celistics para a América Latina, José Antonio Ríos, nega ter conversado com os Correios para eventual parceria na operadora móvel virtual da empresa brasileira, mas ressalta que as MVNOs também são uma opção. “Hoje o negócio da recarga é a primeira opção que pensamos no Brasil. Estamos em negociação com operadoras e distribuidoras para saber qual é a melhor maneira”, afirma. A intenção é instalar pontos de venda em lugares remotos, ainda que o valor da recarga seja menor nesses lugares, já que o modelo de negócios seria baseado na escala.

Outra oportunidade é a de angariar receita com serviços de valor agregado. Ríos espera que a plataforma de carteira digital possa ser implantada logo em seguida. “Estamos em busca particularmente do não-bancarizado e também do telefone que não é necessariamente inteligente, e transforma a recarga em algumas transações”, explica. “Na América Latina, esse é um mercado que não tinha sido enfrentado”. O executivo garante que as negociações para esse serviço também estão sendo realizadas, não necessariamente com bancos. A companhia estuda alternativas, inclusive comprar uma empresa para adquirir o expertise.

Operação brasileira

Com seis anos no Brasil, a Celistics viu as oportunidades crescerem e agora espera ter “o melhor ano de sua história”. A companhia também atua no transporte de SIMcards, inclusive abastecendo os caminhões na fábrica da Gemalto. Ela tem 670 funcionários no Brasil e atende a clientes como Telefônica e América Móvil, além de fabricantes como Motorola, Samsung e LG. Segundo Kemen Azpirichaga, a companhia está “trabalhando com negociações com a Nextel no Rio de Janeiro” e com a Oi.

Rios espera que o volume de SIMcards transportados aumente nos próximos anos com o crescimento da comunicação máquina-a-máquina (M2M). “O SIMcard é o ponto de contato com aparelhos, e o M2M vai multiplicar isso”, projeta, citando ainda oportunidades para o mercado de segurança residencial, escolas e de monitoramento de saúde.

As oportunidades de negócio deixam o executivo empolgado com as chances de crescimento. A empresa alega ter 98,7% de eficiência em suas entregas, mas acredita que pode conseguir melhorar o retorno. “No Brasil estamos começando ainda”, comenta Ríos.

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