Um dos primeiros problemas que a Anatel encontrou na implementação do plano alternativo de oferecimento obrigatório conhecido como Acesso Individual Classe Especial (Aice) refere-se às dificuldades para que o usuário realize chamadas de longa distância nacional (LDN) e longa distância internacional (LDI). Como o Aice é uma modalidade pré-paga, as concessionárias estavam estabelecendo alguns empecilhos para completar este tipo de chamada. A agência propôs, então, que as empresas cobrassem de forma universal os mesmos valores do plano básico pós-pago para as ligações de LDN e LDI, inclusive com a possibilidade de uso de qualquer Código de Seleção de Prestadora (CSP) e não apenas da própria operadora, como vinha acontecendo em alguns casos. Em princípio, as empresas aceitaram a proposta da Anatel e deverão apresentar seus planos alternativos para a LDN e LDI antes do começo de agosto, quando o Conselho Diretor voltará a se reunir e poderá aprovar a inovação.
Sem sucesso?
Os primeiro balanço da implantação da primeira fase do Aice (nas 32 cidades com mais de 500 mil habitantes) somente deverá ser apresentado pela Anatel em meados de agosto. A agência está preocupada que o Aice não esteja sendo vendido à população como deveria, e acredita que a falta de divulgação do novo plano (que deveria ser feita pela própria agência junto com o processo de conversão da cobrança do pulso para minuto) seja uma das razões da baixa procura pelo serviço. Outra razão são os próprios planos alternativos das operadoras, muitas vezes mais vantajosos. De qualquer maneira, tudo indica que as operadoras não estão se empenhando para divulgar o Aice. Observe-se que o regulamento não obriga as empresas a anunciar este plano e muito menos oferecê-lo proativamente a seus assinantes. Os números serão mais precisos em agosto.