ALU reestrutura foco industrial para acessos IP e ultra banda larga

A Alcatel-Lucent está mudando seu objetivo industrial, no que chama de "The Shift Plan", levando o foco para a indústria de acesso de ultra banda larga fixa e móvel e em redes IP. Segundo comunicado emitido nesta quarta, 19, a companhia francesa está se reposicionando, deixando de ser uma empresa "de equipamentos de telecomunicações em geral para virar uma especialista na indústria". A ALU espera que, com essas iniciativas, possa melhorar as oportunidades nos negócios de redes LTE e FTTx. A empresa terá quatro áreas de negócios: transporte e roteamento IP; plataformas IP; redes fixas; e rede móveis.

O plano é levar as inovações às áreas de IP e ultrabanda larga para 85% do investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em 2015, proporcionando uma otimização nas receitas e no caixa. A Alcatel-Lucent quer gerar também uma economia de 1 bilhão de euros em custos e o mesmo valor em vendas de ativos entre 2013 e 2015, totalizando 2 bilhões de euros.

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As reduções deverão atingir a estrutura fixa do grupo francês, concentrando em ações para reduzir vendas, além de gastos gerais e administrativos; e melhorando a eficiência operacional. A venda de ativos, também no valor de 1 bilhão de euros, não foi detalhada. O Shift Plan ainda almeja em reposicionamento de 2 bilhões de euros em dívida até daqui a dois anos, além de uma "futura redução de débito de 2 bilhões de euros". Após o anúncio, as ações da ALU na bolsa Euronext, em Paris, tiveram alta de 6,17%, enquanto na bolsa de Nova York a alta foi de 3,21%.

Plano de mudança

Haverá uma abordagem diferente no gerenciamento visando o crescimento dos negócios do segmento de core de rede (que engloba roteamento, transporte e plataformas IP). A previsão é que a área terá um aumento de 15% nas receitas em 2015, totalizando 7 bilhões. No ano passado, as receitas foram de 6,1 bilhões. A margem operacional também cresceria: 12,5%, contra 2,4% em 2012.

A aposta é também na explosão de dados nas redes. Assim, na área de acesso, incluindo tanto fixo quanto móvel, os aportes serão focados na ultrabanda larga. A esperança da ALU é de que, junto com outros negócios restantes da companhia, o segmento atinja um fluxo de caixa de 250 milhões de euros em 2015, enquanto no ano passado houve um fluxo negativo de 115 milhões de euros.

A estratégia de vendas e de marketing vai agora tentar tomar vantagem no novo foco de portfólio, identificando novos e lucrativos mercados. A ideia é levar produtos IP e cloud para "melhor endereçar provedores de serviço Tier 2 a Tier 4, beneficiando a transformação das redes para IP com operadores móveis e endereçando as demandas de telecomunicações de consumidores de escala web e empresas extra grandes". Assim, a ALU pretende conseguir melhorar seu posicionamento no mercado, utilizando métricas como número de sites e proporção de vendas maior por meio de canais.

Operacional

A companhia francesa ainda vai passar por uma reestruturação operacional. Em comunicado, o CEO da Alcatel-Lucent, Michael Combes, disse que espera capitalizar nos "vários pontos fortes da empresa" para posicionar a empresa "no coração de um ecossistema digital". "O Shift Plan é fundamentalmente um plano industrial, mas também endereça os desafios operacionais e financeiros do grupo ao colocar à mesa um time forte e totalmente responsável com metas claras e alavancas apropriadas para entregar esses objetivos e em nosso compromisso com todos os acionistas". Combes ainda anunciou que, a partir de 1º de julho, Phillippe Guillemot será nomeado vice-presidente executivo sênior de operações na ALU.

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