Handsets respondem por metade do crescimento da receita da Oi móvel

O ano de 2012 para a Oi foi marcado pela sua volta ao mercado de aparelhos celulares. Cinco anos antes, a operadora havia reduzido significativamente a sua compra e venda de handsets para focar na comercialização de SIMcards e serviços, estratégia que foi revista agora. A mudança se refletiu no balanço anual da companhia, divulgado na noite da última segunda-feira, 18. A receita com "material de revenda", dentro da qual estão incluídos os handsets, aumentou 1.258% entre 2011 e 2012, saltando de R$ 36 milhões para R$ 489 milhões. Essa diferença de R$ 453 milhões é praticamente metade do crescimento anual de R$ 913 milhões registrado pela receita líquida da operação móvel da Oi em 2012.

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Vale ressaltar, contudo, que existe um custo atrelado à compra e venda de handsets. Trata-se do custo de estocagem e distribuição, além do custo financeiro do subsídio dos aparelhos. De acordo com o demonstrativo financeiro da companhia, o custo anual com aparelhos aumentou 134%, ou R$ 310 milhões, passando de R$ 232 milhões para R$ 542 milhões. Ou seja, na prática, o custo com handsets foi maior que a receita, o que confirma o subsídio. Os benefícios são colhidos ao longo do tempo, com a manutenção do assinante na base da empresa.

SVA e dados

A Oi não detalha em seu balanço a receita com dados ou serviços de valor adicionado, como SMS, games, música digital etc. Mas atribui a esse segmento parte do crescimento de sua receita em serviços, junto com o aumento do tráfego de voz entre pré-pagos e de quantidade de assinantes pós-pagos. A receita com serviços móveis em 2012 cresceu 9,1%, totalizando R$ 6,28 bilhões.

A empresa informa que houve um crescimento expressivo da receita com dados e SMS entre clientes pré-pagos no quarto trimestre. A média de mensagens enviadas por usuário nesse período aumentou 30% na comparação com o quarto trimestre de 2011. A explicação, segundo a Oi, estaria na inclusão do SMS nas promoções de bônus e no crescimento das vendas de pacotes de mensagens.

A Oi manteve a sua base de usuários pré-pagos praticamente estável em 2012 (39,8 milhões), enquanto a base pós-paga passou de 5,29 milhões para 6,47 milhões. A adição líquida de pós-pagos em 2012 foi três vezes maior que aquela de 2011. A participação de pós-pagos na base total da Oi subiu de 12,2% para 14% em um ano.

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