Analistas gostam das posições manifestadas pela TIM

O ruído da TIM no mercado sobre as perspectivas para 2005 e as tarifas de interconexão agradou aos investidores nesta quarta-feira, 19. As ações mais negociadas (TCSL4) subiram 6,25%, fechando cotadas a R$ 3,40. Nada mal para quem vinha perdendo um peso enorme em 2005, acumulando perdas de 20,15% desde a virada do ano.
O que ajudou a motivar os investidores foram as declarações feitas durante o dia pelo seu presidente, Mario Cesar Araujo. Primeiro ele informou que a companhia superou as metas de crescimento de 2004, que era de 13 milhões de assinantes. Especulações no mercado apontam para uma evolução entre 24,5% e 25% no quarto trimestre. Os números finais serão divulgados na semana que vem, após a conclusão da reestruturação acionária entre TIM e Telecom Italia (a TI vai adquirir as ações remanescentes da TIM).
Depois, Araujo passou muita firmeza e tranqüilidade na defesa do IGP-DI como indexador das tarifas para as interconexões fixo-móvel (VU-M). Tudo o que os investidores querem ouvir, da parte da telefonia celular, é que esse segmento não perderá as importantes receitas (de 40% a 50% do total) provenientes das interconexões. Pois de perspectivas ruins, já há muitas: forte concorrência e fraca capacidade de ampliação de receitas por assinante.

O presidente da TIM Brasil disse que o crescimento da telefonia móvel deverá ser mais moderado em 2005 (cerca de 23%). "A troca de clientes entre as operadoras e a desistência deve aumentar em função do aumento da competição e das fortes promoções realizadas em 2004?, prevê. Pelos seus cálculos, o índice de desistência deve ficar em cerca de 30% da base. O que deve mudar em 2005, segundo Araujo, é a estratégia de rentabilização das empresas. Elas deverão reduzir subsídios para aparelhos, tratando de melhorar receitas mediante a oferta de novos serviços.