ABR Telecom abre RFP para contratação de sistema para combater telemarketing abusivo

Foto: Pixabay

A ABR Telecom (Associação Brasileira de Recursos de Telecomunicações) abriu nesta quinta, dia 18, o pedido de propostas (RFP) às empresas com tecnologias de autenticação de chamadas, como parte da sugestão feita pelas operadoras de telecomunicações à Anatel para que a associação seja a entidade responsável pela operação do sistema de combate ao telemarketing abusivo. A Anatel quer que seja criado um sistema que permita a identificação e a autenticação de quem faz uma ligação por meio dos serviços de telemarketing. A ideia original da agência era encampar o modelo stir shaken, uma tecnologia da Cleartech e que seria implementada pela Associação Brasileira de Telemarketing (ABT). Mas diante da iminência de uma determinação da Anatel por uma tecnologia específica, as operadoras sugeriram na semana passada um encaminhamento diferente.

O prazo de tomada de propostas da ABR Telecom é até dia 9 de junho, mas no dia 26 de maio (prazo dado pela Anatel) as operadoras de telecomunicações querem apresentar à agência alguns detalhes da proposta, especialmente em relação ao modelo de governança. A Anatel não está fechada a propostas diferentes por parte das operadoras, mas quer que as premissas e cronogramas que estavam definidos com a ABT possam ser cumpridos para que o sistema de autenticação de chamadas esteja em funcionamento a partir de 2024.

Para a agência, o uso desse tipo de tecnologia é essencial no combate ao telemarketing abusivo e práticas de spoofing (mascaramento de número). As operadoras de telecomunicações acreditam que a implementação do sistema pela ABR Telecom, que já gerencia os processos de roaming e portabilidade numérica por exemplo, será mais rápido e eficiente em termos de custo, pois a ABR já tem experiência na integração de sistemas com as teles. Há o receio por parte das empresas de telecomunicações sobre os riscos de exposição de dados dos usuários e acessos aos sistemas.

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A Anatel olha ainda com ceticismo a estratégia das teles, que considera tardia, já que o debate já vem de vários meses e que o problema foi colocado às operadoras há pelo menos cinco anos, sem que houvesse mobilização para a resolução.

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