Serviços de voz e acesso a dados ainda lideram a lista de prioridades da Claro, deixando conteúdos e aplicações um pouco mais nessa hierarquia. Mas o fato é que a chegada dos tablets ao portfólio da operadora no segundo semestre do ano passado deu início a uma transformação interna na Claro e, segundo o gerente de marketing SVA da Claro, Rafael Lunes, instaurou uma nova forma de pensar dentro de setores da empresa. "O usuário de tablet não tem foco em serviços de voz. O foco será em consumo de conteúdo e precisávamos de uma abordagem interna diferente para buscar produtos específicos para esses novos devices", conta Lunes.
O executivo fez questão de lembrar que o modelo de negócios da Apple, que centraliza tudo no iTunes e em sua App Store, exclui as operadoras da cadeia de valor, mas deixa para elas a responsabilidade de "segurar o rojão" do consumo de banda, a infraestrutura para suportar essa demanda. "É claro que a operadora cobra pelo plano de dados, mas não existe precedente do nível de investimento que tem de ser feito. Obviamente não estamos resgatando o investimento nesse momento. O aumento do volume de dados desde a chegada dos smartphones é sem precedentes e estamos nos adequando tecnicamente. Há novos aparelhos que são verdadeiros drenos de dados. A 3G nem se pagou ainda e já tem pressão para a gente adotar o LTE", argumenta Lunes.
O lançamento do Galaxy Tab da Samsung, entretanto, deu à Claro a oportunidade de fazer parte dessa cadeia de valor. "Nosso grande ativo é a agressividade na distribuição de smartphones e tablets, com uma forte política de subsídio de aparelhos. O que estamos oferecendo para desenvolvedores e provedores de conteúdo é trabalhar a customização dos aparelhos vendidos pela Claro", revela o executivo.
Serviços móveis