Na terça-feira, 19, o Ministério da Economia vai apresentar conclusões sobre um estudo feito pela Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (SEPEC) da pasta em parceria com PNUD Brasil e Deloitte com um mapeamento do ecossistema de soluções digitais e aplicações do 5G no País. Esses achados serão mostrados no webinar 5G Brasil: Recomendação de Políticas Públicas, evento com patrocínio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e realizado pelo TELETIME, contará com a participação de diferentes atores do governo e vai debater os principais resultados do levantamento, além de apresentar propostas.
Entre os principais achados, o estudo mostra que a utilização de soluções 5G pode proporcionar um benefício de R$ 590 bilhões por ano para todas as verticais da economia. Considerando somente a demanda potencial de software, a expectativa de valor total até 2031 é de R$ 101 bilhões, sendo que R$ 10 bilhões seriam para software de rede – incluindo oportunidade do Open RAN para desenvolvimento de ecossistema e parcerias internacionais – e R$ 91 bilhões para software de aplicações.
O estudo foi feito com entrevistas de diversos atores de tecnologia e de telecomunicações. A SEPEC do Ministério da Economia entendeu que o 5G poderia ser uma alavanca para catapultar o mercado de economia digital, com foco principal nos setores de software e de startups. Depois, foram analisadas experiências internacionais, mapeando a maturidade do ecossistema brasileiro a partir dos benchmarks. O levantamento estimou a demanda por produtos e serviços em diversas verticais, estudando os gargalos, oportunidades e riscos. Após todo o processo, foram elaboradas as recomendações de ações de política pública que poderiam ser adotadas.
A iniciativa está alinhada com as ações previstas na Estratégia Brasileira de Transformação Digital (e-Digital), capitaneada pela Casa Civil da Presidência da República e apoiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). O objetivo, conforme ressalta o Ministério da Economia, é construir um programa nacional estruturante para o 5G no Brasil de forma colaborativa com os diversos órgãos e entidades envolvidos.
Mapeamento
Além dos potenciais bilionários relacionados à tecnologia 5G, o estudo encontrou ainda o seguinte:
- Os países líderes em 5G adotaram diversas estratégias nacionais para fomentar a tecnologia. O ponto em comum é que realizam políticas públicas que visam alavancar os elementos do ecossistema mais consolidados dos respectivos países – por exemplo, empresas de telecomunicações, desenvolvedores de infraestrutura de rede, universidades e startups;
- Esse mercado é formado por ecossistema de atores diretos e influenciadores que atuam no desenvolvimento. "O ecossistema brasileiro ainda é incipiente, mas espera-se que a realização do leilão e o avanço da conectividade possam fornecer maior agilidade para o amadurecimento do mercado;
Propostas
Ao identificar cinco principais barreiras para o desenvolvimento do ecossistema 5G no Brasil, o estudo do Ministério da Economia elaborou 96 sugestões de ações e propostas de políticas públicas, classificadas em oito temas. Nesse contexto, foram priorizados seis temas para formar a base de um programa nacional estruturante para o avanço da tecnologia no País:
- Desenvolvimento de capital humano;
- Desenvolvimento de infraestrutura;
- Empreendedorismo;
- Estímulo à pesquisa, desenvolvimento e inovação;
- Suporte financeiro e tributário; e
- Coordenação e aproximação do ecossistema.
Evento
De 9h30 até as 12h15, o webinar – que terá acesso gratuito – poderá ser acessado no site do evento no TELETIME (clique aqui para acessar), que traz também toda a programação; ou pelo canal do Ministério da Economia no YouTube (clique aqui).