Extinção do serviço de paging ou consolidação das maiores empresas do segmento são possibilidades que vêm sendo discutidas pelos operadores do setor. Apesar de ter encolhido bastante, o paging deverá continuar rentável pelos próximos dois ou três anos, admite o diretor superintendente da Mobitel, Miguel Cui Filho. Após este período, as perspectivas são sombrias. Uma tendência é a substituição do serviço por novas tecnologias, como a telefonia celular, agora com cobertura mais completa, preços competitivos e recurso de envio de mensagens, admite Cui Filho. Mas o executivo não descarta uma sobrevida do serviço, especialmente se houver consolidação entre as maiores empresas que restaram, para criar massa crítica de número de usuários que justifique a continuidade da operação.
Agressivo comercialmente até a massificação do telefone celular, o mercado de paging foi-se esvaziando gradativamente. Entre as maiores empresas restaram, além da Mobitel, a Teletrim, Conectel e TWW (ex-Pagenet). Cui não gosta de falar de extinção do serviço. Diz que enquanto houver usuários e rentabilidade, a operação será mantida. E este horizonte é visível para até três anos. A receita média por usuário da Mobitel é de R$ 20, valor que o executivo considera rentável porque os investimentos já estão amortizados.
Com a transferência dos ativos para a Dedic, a Mobitel fica esvaziada, ou enxuta, com apenas cem funcionários. A Dedic é uma empresa limitada, 99,9% controlada pela Mobitel e 1% pela Portugal Telecom.
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