Comscore aponta perfil do espectador de vídeo online

Alex Banks, gerente para a América Latina da empresa de pesquisas Comscore, apresentou nesta quarta, 17, durante o Congresso TV 2.0, organizado por esta publicação, um panorama do consumo de vídeos online nos Estados Unidos, e uma previsão do que deve acontecer no Brasil nesta área.
Segundo a Comscore, que pesquisa centenas de milhares de Internet em todo o mundo (15 mil apenas no Brasil), há muito espaço para crescimento na Internet brasileira, já que há uma baixa penetração da banda larga no país.
Dos 37 países elencados, o Brasil fica em 14º em média de visitas a sites multimídia e em 32º em tempo de permanência nestes sites. Contudo, o Brasil é o sétimo na lista dos que mais acessam o YouTube. Segundo Banks, o volume de visitantes únicos ao portal de vídeo do Google no Brasil cresceu aproximadamente 55% em um ano, saltando de 5,8 milhões de acessos em junho de 2007, para 9,1 milhões em junho de 2008. A Globo.com, no mesmo período, cresceu, segundo Banks, 35%, chegando a 5,9 milhões de acessos em junho de 2008. Mas o crescimento do portal do grupo Globo, como demonstra dados disponibilizados pela Comscore nesta quarta, foi mais expressivo no mês de julho deste ano, quando bateu 8,3 milhões de acessos únicos.

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Segundo Banks, o crescimento dos acessos acompanha o crescimento da base de assinantes da banda larga. "A banda larga é o motor que faz o vídeo online avançar", disse.

Realidade norte-americana

O analista da Comscore apontou que, em julho deste ano, 84,8% dos lares dos Estados Unidos tinham banda larga. Segundo ele, com banda larga, os usuários gastam 50% mais tempo online, consomem cinco vezes mais páginas e visitam a Internet cinco vezes mais. Banks apresentou um balanço da audiência dos sites naquele mercado, apostando que o mesmo deve se repetir no Brasil com o crescimento da banda larga. O executivo apontou que 20% dos internautas são heavy users do vídeo, enquanto 30% é médio e metade faz pouco uso do vídeo online. Os internautas heavy users consomem 841 minutos de vídeo por mês. A maioria destes internautas é, segundo Banks, formada por homens, com idade entre 18 e 24 anos. Outro ponto importante destacado por Banks é que, no mercado dos EUA, a audiência da Internet já ultrapassa a da televisão no horário da manhã, entre 8h00 e 10h00. "É o horário em que as pessoas lêem as notícias e os e-mails", justifica Banks.
Outro dado daquele mercado é que 60% dos espectadores de vídeos online diz preferir ver publicidade a pagar pelo conteúdo; 36% não se importa com comerciais de até 15 segundos; e 28% acha que publicidade na Internet atrapalha menos que na TV.
Por fim, para o mercado brasileiro, Banks diz que "o investimento publicitário em vídeos online vai chegar rapidamente". Ele apost ainda que a participação da Internet no bolo publicitário deve crescer.

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