Até 2019, o Brasil poderá ter 150 milhões de acessos 4G, equivalentes a quase a metade (47,5%) das 317 milhões de conexões móveis no País, segundo a 4G Americas. A estimativa considera uma taxa de crescimento médio anual composto (CAGR) de 84,59% em cinco anos, desde dezembro de 2014, quando o LTE era apenas 2% (7 milhões de acessos). Já o 3G ficaria com 32% do total (101 milhões de linhas) e o 2G cairia para 11% (35 milhões).
Dessa forma, a combinação das duas tecnologias consideradas banda larga móvel, 3G e 4G, somaria 251 milhões de acessos, ou 79% de toda a base brasileira, ou praticamente oito em cada dez acessos. A projeção para junho de 2015 é que o País já conte com 195,1 milhões de acessos de banda larga móvel, ou 69% do total. A análise encomendada pela 4G Americas é da consultoria Teleco.
No entanto, nos cálculos deste noticiário, seguindo o ritmo de adições de 2014 (4,8 milhões mensais) e o dos últimos meses deste ano (3,88 milhões) com base em dados da Anatel, o combinado de terminais de dados, 4G e 3G dificilmente passaria de 187 milhões em junho. Os últimos dados oficiais da agência são de maio e contabilizam 180 milhões de acessos de banda larga móvel na soma desses três parâmetros, ou 63,43% do total.
A 4G Americas ressalta a importância da tecnologia de banda larga móvel, mas volta a destacar a necessidade de liberação comercial de mais espectro para as operadoras. Segundo a própria entidade, o Brasil é o país na América Latina com maior quantidade de espectro disponível para serviços móveis: 542 MHz. A entidade pede ainda políticas públicas para permitir celulares LTE com preços mais acessíveis.