Contratos de 5G impulsionam receita da Ericsson no trimestre

Com vendas nos Estados Unidos e na Ásia, e especialmente com novos contratos de 5G, a Ericsson observou um crescimento no faturamento no trimestre, conforme anunciou no balanço financeiro do período nesta quarta-feira, 17. A receita líquida da companhia aumentou 10% no comparativo anual no trimestre, totalizando 54,8 bilhões de coroas suecas (US$ 5,85 bilhões). Considerando o acumulado da metade do ano, foram 103,7 bilhões de coroas suecas (US$ 11,07 bilhões), um avanço de 11,27%.

Em comunicado, o presidente e CEO da Ericsson, Börje Ekholm, afirmou que vê "um ritmo forte em nossos negócios 5G tanto com novos contratos como com lançamentos comerciais, além de redes em operação". A companhia diz ser fornecedora de "quase dois terços de todas as redes 5G comercialmente lançadas" no mundo. O executivo destaca ainda que a nova tecnologia trará oportunidades de receita para as operadoras, sobretudo com inovações e com casos de uso em Internet das Coisas.

Novos negócios na Ásia deverão trazer impacto negativo nas margens em curto prazo, mas deverão fortalecer a posição da empresa mais para frente. Os contratos em 5G, inteligência artificial e automação são considerados fundamentais por Ekholm, e elementos-chaves para a estratégia e negócios de longo prazo para 2020 e 2022.

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A divisão de redes totalizou 37,8 bilhões de coroas (US$ 4,03 bilhões) no trimestre, um aumento de 17%. No acumulado do ano, foram 71,3 bilhões (US$ 7,61 bilhões), avanço de 16,89%. Segundo a empresa, o crescimento no segundo trimestre se deu especialmente por conta da América do Norte e do Nordeste da Ásia. Também cresceu a receita de "negócios emergentes": 24%. Por outro lado, as receitas de serviços digitais e de serviços gerenciados caíram 3% e 6%, respectivamente.

As vendas para o bloco Europa e América Latina aumentaram 1%, totalizando 14,1 bilhões de coroas (US$ 1,50 bilhão). A área de redes nesse segmento totalizou 8,1 bilhões (US$ 860 milhões). Segundo a Ericsson, houve aumento por conta de contratos na Europa.

Com isso, a fornecedora reverteu o prejuízo líquido do segundo trimestre do ano passado de 1,8 bilhão de coroas (US$ 190 milhões) para iguais 1,8 bilhão de coroas, mas de lucro. Da mesma forma, o prejuízo de 2,5 bilhões de coroas (US$ 270 milhões) dos seis primeiros meses de 2018 foi revertido por lucro líquido de 4,3 bilhões de coroas (US$ 460 milhões).

O lucro operacional avançou de 0,2 bilhão de coroas (US$ 21 milhões) para 3,7 bilhões de coroas (US$ 390 milhões) no trimestre; e de prejuízo de 0,1 bilhão (US$ 11 milhões) no primeiro semestre de 2018 para 8,6 bilhões de coroas (US$ 920 milhões) no igual período de 2019.

Investigações

Börje Ekholm declarou também no comunicado que a Ericsson mantém negociações com o regulador de mercado norte-americano, a Securities and Exchange Commission (SEC), além do Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA, para colaborar com investigações de corrupção. "Não podemos estimar a duração dessas discussões de acordo. Além disso, como é um assunto legal em andamento, não podemos dar nenhum detalhe. Contudo, na nossa avaliação atual, a resolução desses assuntos vai resultar em medidas financeiro e outras medidas, cuja magnitude e impacto não podem ser propriamente estimados ou apurados neste momento", afirma.

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