Agência especializada das Nações Unidas para tecnologias de informação e comunicação, a União Internacional das Telecomunicações (UIT) fez um apelo para que compromissos globais de investimentos em digitalização alcancem US$ 100 bilhões até o ano de 2026.
A marca representaria incremento diante dos US$ 30 bilhões já mapeados pela agência a partir da iniciativa Partner2Connect. Tais compromissos de governos, empresas e sociedade civil em projetos de digitalização foram reportados nos últimos meses por 280 entidades de 118 países à UIT.
Com a nova meta até 2026, a entidade espera um foco maior em países menos avançados (LDCs, na sigla em inglês), com recursos suportando projetos de universalização da cobertura e conectividade significativa. Dos US$ 30 bilhões em compromissos de digitalização identificados pela UIT, apenas US$ 12 bilhões miravam países subdesenvolvidos.
"Tech está no topo da agenda global, mas os benefícios da tecnologia digital ainda estão fora do alcance de muitas pessoas", afirmou a secretária-geral da UIT, Doreen Bogdan-Martin. "Se estamos realmente comprometidos em digitalizar o mundo de maneira significativa e sustentável, devemos tomar medidas para acelerar a transformação digital para todos."
A meta de investimentos para digitalização da entidade foi divulgada nesta quarta-feira, 17, por ocasião do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação (também conhecido como Dia Mundial da Internet). A data ainda marca o aniversário de fundação da UIT, realizada em 1865.
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Segundo a agência da ONU, 2,7 bilhões de pessoas ao redor do mundo ainda estavam desconectadas em 2022, com o fosso de conectividade entre países menos desenvolvidos e o resto do mundo aumentando em aspectos-chave como habilidades digitais e acessibilidade.
"A revolução digital é uma força definidora de nossa era", avaliou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em comunicado da agência especializada para TICs. "À medida que a Internet se torna cada vez mais central para a criação de valor e inovação, os países menos desenvolvidos correm o risco de ficarem ainda mais para trás. Devemos melhorar drasticamente a acessibilidade e a inclusão e eliminar a divisão digital."
