Dona da Claro, América Móvil destaca banda larga e B2B no Brasil

Daniel Hajj, da AMX

Empresa controladora da Claro, a mexicana América Móvil (AMX) afirmou que o crescimento no Brasil tem como pano de fundo o avanço na banda larga e a expansão no mercado corporativo, além do segmento móvel. 

Em conferência para comentar os resultados do primeiro trimestre de 2024 com analistas de bancos nesta quarta-feira, 17, Daniel Hajj, CEO da AMX, comemorou os resultados da operação brasileira no período.

"No Brasil, estamos indo muito bem no espaço da banda larga. Estamos crescendo cerca de 8%. Algumas dessas assinaturas de banda larga são dos planos mais altos e outras, nos planos mais baixos. Mas, no geral, o Brasil está indo bem e estamos migrando muitos de nossos clientes pré-pagos também para a banda larga", afirmou.

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No segmento fixo como um todo, a Claro apurou um crescimento de 1% no primeiro trimestre, alcançando também a marca simbólica de 10 milhões de assinantes no País. Segundo Hajj, a marca de 14 milhões de casas passadas (HPs) na fibra óptica contribui para a expansão da banda larga. Ao todo, a tele contabiliza 41,5 milhões de HPs, considerando também a tecnologia de cabo.

As receitas da dona da Claro com a banda larga também superam de forma expressiva a da TV paga, acrescentou o executivo. "Talvez há cinco anos, a receita da TV paga era o dobro da da banda larga, e a situação mudou. Agora é mais ou menos o oposto, com a receita da banda larga sendo mais do que o dobro da TV paga, e a diferença continua aumentando."

Mercado corporativo

A América Móvil ainda aposta no mercado corporativo para expandir suas operações brasileiras. Segundo o CEO, a tele trabalha com uma equipe dedicada apenas a esse setor nos principais países e, entre eles, está justamente o Brasil. A companhia está de olho em áreas como cibersegurança, inteligência artificial (IA) e Software as a Service (SaaS).

"Trazemos expertise em diferentes áreas, como cibersegurança e IA. Estamos acompanhando essas receitas, e nossas metas e orçamentos já estão definidos. E sobre a lucratividade do negócio, não entramos em nenhum negócio no qual não vemos que temos o retorno adequado no corporativo", afirmou Hajj.

Além disso, o CEO afirmou que parcerias junto a outras empresas fazem parte das receitas do corporativo referentes à oferta de SaaS. "É muita aliança que fazemos. Há um compartilhamento de receita com eles. Então, nem investimos em capex. É mais uma operação de revenda para nossos serviços", afirmou. 

Nos três meses em janeiro e março, a Embratel, braço da Claro para o mercado corporativo, fechou com crescimento sólido em cloud (+87,4%), segurança (+ 24,1%) e máquina a máquina (M2M)/Internet das Coisas (+12,9%). De acordo com a companhia, a vertical segue com a estratégia de avanço na área de soluções digitais, com ofertas multicloud para ambientes híbridos.

"O objetivo dessa estratégia é ampliar a infraestrutura digital de clientes e intensificar a cultura de inovação para empresas de todos os tamanhos", diz. No período, a Claro realizou a cobertura dos desfiles das escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro e de São Paulo por meio do seu 5G SA (Standalone) diretamente nos sambódromos.

Balanço

No primeiro trimestre do ano, a América Móvil apurou receitas de 203,2 bilhões de pesos mexicanos, recuo de 2,7% na comparação com igual período de 2023. Em dólares, as receitas ficaram em torno de US$ 12 bilhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) fechou com recuo de 2,6%, para 80,5 bilhões de pesos (US$ 4,75 bilhões). A margem Ebitda permaneceu em 39,6%. 

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