O posicionamento da TIM, contrário às condições do edital de licitação do espectro de 2,5 GHz, e o pedido de adiamento do leilão, previsto para o final de abril, já eram conhecido por todos. A novidade é que nesta quinta-feira, 16, pela primeira vez foi cogitada pela alta cúpula da operadora a possibilidade de ficar de fora da licitação. A informação veio diretamente do presidente da TIM Brasil, Luca Luciani. “Não podemos excluir essa situação. Dependendo das condições, se não acompanharem a alocação de recursos e o retorno de capital investido, não iremos participar”, advertiu o executivo, que reclama da falta de clareza das condições divulgadas pela Anatel.
Para Luciani, a companhia deve se manter fiel às suas premissas, que são o ganho total dos acionistas, aumento de rentabilidade e lucro líquido, capacidade crescente de investimento e de geração de caixa, potencial de valor de marca e participação de mercado. "É difícil pensar em evolução do espectro sem observar essas questões todas".
O diretor de assuntos regulatórios da operadora, Mario Girasole, concorda, porém crê que ainda é cedo para fazer qualquer afirmação. “A consulta ainda está em andamento e alguns pontos precisam ser entendidos melhor. Mas não concordamos com essa vinculação com os 450 MHz, que está sendo colocada para resolver uma questão de serviço público que deveria ter sido solucionada pelos fundos setoriais”, critica.