Vivo unifica sistemas em rede IP/MPLS da Cisco

A Vivo conclui até fevereiro do ano que vem a unificação de todos os sistemas de suporte à operação (OSS) de suas seis operações – Telesp Celular, Tele Sudeste, Tele Leste, CRT, TCO/NBT e Global Telecom, afirmou o vice-presidente de tecnologia e redes da operadora, Javier Rodriguez. A Vivo acaba de adquirir a solução IP/MPLS (Internet Protocol/Multiprotocol Label Switching) da Cisco e é a primeira operadora móvel do País a ter uma rede convergente dessa tecnologia. A mudança tecnológica faz parte do overlay da rede da Vivo que operava tanto CDMA quanto TDMA e agora unifica toda a sua infra-estrutura em CDMA. Outro aspecto importante é que a solução IP/MPLS deixa a rede atual pronta para qualquer tipo de tecnologia evolutiva, inclusive o padrão UMTS (3G), que deve ser o próximo desafio da Vivo.
Com isso, todos os sistemas de OSS – billing, CRM, atendimento, gerenciamento – passam a operar sob uma única plataforma, totalmente padronizados, facilitando o lançamento rápido de qualquer tipo de serviço, diz Rodriguez. Nas diferentes operações da Vivo, havia até cinco plataformas distintas, diz o vice-presidente. Agora, haverá apenas a rede IP/MPLS que ganha também redundância e, em alguns casos, entre 30% e 40% de otimização de banda.

Investimentos

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Rodriguez não discrimina o valor gasto apenas na rede IP/MPLS mas afirma que o investimento total da Vivo, até o final deste ano, chegará a R$ 1 bilhão. Até o mês de setembro, segundo os balanços das operações Vivo, haviam sido investidos R$ 499,5 milhões em expansão, overlay e serviços e produtos.
A rede IP/MPLS permitirá, principalmente, que vários serviços e produtos sejam agregados à Vivo, sem distinção de fornecedores, facilitando o lançamento em dados e, ainda, interconexão com outras redes e até com voz sobre IP. Rodriguez desconversa quando o assunto é a convergência latino-americana com as operações da Telefônica na região. O executivo diz que, como a Telefônica é sócia da joint venture Vivo, com 50%, juntamente com a Portugal Telecom, para haver interconexão com operadoras da América Latina, acordos deverão ser feitos, mas não diz de que tipo seriam esses contratos.
O vice-presidente da Vivo acredita que, dentro de dois a três anos, toda a infra-estrutura telefônica (fixa e móvel) deverá trabalhar em cima de redes IP. Para ele, inclusive, as centrais de comutação tradicionais perderão espaço, com as teles adquirindo adaptadores de dados para redes IP.
Com 20 milhões de assinantes atingidos neste mês, o maior ganho para a Vivo, segundo Rodriguez, é com a redundância de toda a rede, com os requisitos de qualidade de serviço (QoS) e com a padronização dos parâmetros, facilitando a transmissão de dados e de voz em toda a sua operação.

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