Os investidores não gostaram da prévia do balanço do terceiro trimestre da Brasil Telecom (BrT). As ações preferenciais da operadora caíram mais 2,26%, fechando a R$ 13,43. A perda já é superior a 5% em apenas dois dias. Para alguns profissionais, não haveria motivos para tanta hostilidade, porque a situação operacional da BrT está tão estável quanto as de suas congêneres. Manteve praticamente as linhas em serviço (aumento de 0,7%), teve crescimento de tráfego local (4,7%) e ainda registrou um expressivo aumento nos acessos ADSL em serviço (22,4%). Fora isso, todos os analistas do setor consultados por TELETIME News esperam números finais razoáveis tanto em relação à lucratividade (lucro líquido no trimestre em torno de R$ 120 milhões, praticamente igual ao do segundo trimestre de 2002) quanto ao EBITDA (em torno de R$ 1 bilhão).
A maior queixa diz respeito à queda do tráfego tanto na longa distância (-2%) quanto nas ligações de telefone fixo para telefone móvel (-7,5%). O argumento é que a operadora está mal justamente naquilo que tem importância para o seu futuro: na diversificação de serviços (no caso da longa distância) e na expansão no segmento de celulares. E aí entra a maior incógnita da Brasil Telecom: a falta de um desfecho para as disputas entre controladores impede que a empresa progrida no segmento de telefonia móvel.
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