NII entra com pedido de recuperação judicial; operação no Brasil continua normalmente

Confirmando rumores que circulavam no mercado durante o dia, a NII Holdings anunciou no final da tarde desta segunda-feira, 15, que entrou com o pedido de recuperação judicial (procedimentos do Chapter 11) nos Estados Unidos para poder reestruturar as dívidas. O pedido de concordata se refere à sede e "certas subsidiárias baseadas nos EUA e em Luxemburgo", excluindo as operações das subsidiárias no Brasil, México e Argentina.

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Em comunicado enviado ao mercado, a NII declarou que as operações latino-americanas "não são partes dos procedimentos de recuperação judicial nos EUA e vão continuar a operar na base do 'business as usual'". Em agosto, quando a companhia informou que passava por dificuldades financeiras e que não conseguiria pagar dívidas com credores (a dívida líquida em 30 de junho era de US$ 4,751 bilhões), a Nextel Brasil já havia declarado que as operações iriam seguir normalmente, apesar de haver uma dívida no País, em nome da subsidiária, de US$ 1,4 bilhão com a American Towers, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

A NII disse que o pedido de concordata "é o primeiro passo para reestruturar as obrigações de dívida e melhorar a liquidez da companhia". O grupo norte-americano afirma estar "otimista" e que tem discutido com acionistas nos últimos meses sobre a movimentação "que será refletida em um plano de reorganização que será submedito nos procedimentos (do Chapter 11) em um futuro próximo". Embalada pelos rumores, a Nasdaq fechou o dia cotando as ações da NII em queda de 36,59%.

Segundo a agência de notícias Reuters, o plano da NII envolve transformar credores em acionistas e implantar um modelo de negócio "mais sustentável" com foco no Brasil e no México. Na verdade, ambos os mercados já são foco dos esforços da empresa há mais de um ano, desde que anunciou intenção de vender as operações menores. Na subsidiária brasileira, a companhia planeja continuar trabalhando para migração da base iDEN para o 3G, bem como investindo no LTE em 1,8 GHz no Rio de Janeiro. Há a possibilidade ainda de migração da outorga de trunking (Serviço Móvel Especializado – SME) para Serviço Móvel Pessoal (SMP), permitindo à companhia utilizar a faixa de 800 MHz para o 4G também em São Paulo até 2016, desde que consiga migrar a base para a nova tecnologia. A norma está em consulta pública.

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