[Publicado no Mobile Time] O CEO da Vivo, Christian Gebara, disse que a Vivo prepara uma série de novos serviços digitais. Durante evento organizado pela Everis nesta quarta-feira, 15, o executivo citou um serviço de crédito que ofertará até R$ 20 mil. No mesmo evento, o executivo também anunciou o lançamento da rede comercial 5G da operadora em até oito cidades.
"Estamos entrando na parte financeira. Conhecemos um cliente não bancarizado que tem uma relação com a gente, mas que não tem com um banco. Nós também temos expertise para poder fazer empréstimo para esse cliente. Nesse momento vamos lançar o Vivo Money, que vai dar empréstimo de até R$ 20 mil reais para clientes nossos com história creditícia apta", afirmou Gebara.
Além disso, Gebara confirmou iniciativas em saúde digital e educação, sem revelar os nomes dos fornecedores: "Estamos avançando para oferecer o Vivo Telemedicina com um parceiro nosso. E vamos lançar Internet com conteúdo de educação".
Durante palestra, que abordava a digitalização nesta época de crise por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus, o CEO da operadora explicou que a Vivo quer ser uma empresa que traz serviços digitais junto com a oferta de Internet. "Nós oferecemos Spotify Premium e Rappi Prime junto com o plano móvel para o consumidor final, por exemplo. Para as empresas, elas compram cloud e cybersecurity", completou o executivo.
Covid-19 e ações
Sem revelar números, Gebara afirmou que o programa de Auxílio Emergencial de R$ 600, dado pelo governo à população que sofre na crise, ajudou para o aumento da reativação de clientes pré-pago na Vivo. "Nós percebemos que cliente de pré-pago voltou a fazer a recarga e a se reconectar, com a entrada do Auxílio Emergencial".
Dentro da operadora, Gebara nominou ações que fizeram para contribuir com as operações e amenizar a crise, como: colocar os 33 mil trabalhadores trabalhando em casa, não demitir equipe própria, apoio dos times técnicos para manter as redes e os serviços funcionando; uso de vendas via drive-thru; doações de R$ 16,3 milhões para ajuda sanitária e alimentar; e a compra de 200 respiradores pela Fundação Telefônica Vivo junto com Santander.
Novo normal
Para a próxima jornada de sobrevivência na crise pandêmica, algo popularmente conhecido como "novo normal", Gebara acredita que o mais provável é ter um "modelo de trabalho misto". Ou seja, uma parte do time trabalhará virtualmente e outra parcela no escritório. O CEO da Vivo lembrou que há três anos a empresa permite que o funcionário faça o trabalho em casa duas vezes por semana, algo que ajudará neste novo formato, além de ter a dinâmica do escritório trabalhando em formatos como agile e squads. Mas reconhece que o contato mais próximo entre os profissionais ainda é um diferencial.
"Tínhamos a política do home office duas vezes por semana. Isso ajuda, pois temos uma otimização dos espaços que outras empresas não têm", disse. "O que eu acho que a evolução que teremos agora é trabalhar em um modelo misto. Acho que tem parte de nossa cultura que a presença física ajuda. Você ter uma relação virtual com quem conhece é muito mais fácil. Agora há perda quando contrata alguém de forma virtual e que não conhece as pessoas no ambiente físico", completou. (Colaborou Henrique Julião)