Reportando resultados operacionais do primeiro trimestre na noite desta segunda-feira, 15, a Desktop registrou uma receita líquida de R$ 222 milhões entre janeiro e março de 2023, em alta de 42% na comparação com um ano antes.
Na mesma base, o lucro líquido da companhia cresceu 140%, para quase R$ 26 milhões (em uma métrica ajustada que exclui itens não-recorrentes). Já o Ebitda ajustado da operadora paulista cresceu 61%, para R$ 110 milhões, perfazendo também uma margem Ebitda ajustada de 50% no trimestre.
A Desktop encerrou março com 955 mil clientes ativos (alta de 9%). Destes, 29 mil foram adicionados de forma orgânica no primeiro trimestre de 2023, em marca melhor que a da reta final do ano passado, mas 8% menor que a registrada no quarto inicial de 2022.
Já as casas passadas (HPs) com fibra da operadora chegaram a 4,235 milhões, representando alta de 8% em um ano . A Desktop atuava em 180 cidades até o fim de março; 35 foram adicionadas a partir de janeiro.
Vale lembrar que a operadora concluiu recentemente a aquisição da Fasternet, garantindo 116 mil acessos extras para a provedora sediada em Sumaré (SP) e mais capilaridade no estado. Os números do primeiro trimestre contemplam apenas um mês de contribuição financeira da adquirida (março).
Projeto
A empresa também comemorou os três da "nova fase de crescimento" da operação, iniciada em 2020 e marcada pelo início da relação com a controladora H.I.G. Capital. No período, a atuação evoluiu de 16 para 180 cidades, com a ajuda de dez aquisições no interior de São Paulo.
"Atualmente, a Desktop se aproxima da emblemática marca de 1 milhão de assinantes, com sua receita líquida e Ebitda anualizados se aproximando de R$ 1 bilhão e R$ 500 milhões, o que representa um crescimento de mais de 6 vezes em relação ao 1T20", afirmou a companhia, no balanço.
Já em termos de endividamento, a empresa encerrou março com dívida líquida de R$ 1,138 bilhão. Além de debêntures, empréstimos e financiamentos, o valor compreende R$ 517 milhões em compromissos de parcelas a prazo relacionadas à compra de empresas. Com aumento de capital recentemente concluído, a alavancagem da provedora passou de 2,6x para 2,3x a dívida líquida/Ebitda proforma anualizado.