Com a compra da PeopleSoft pela Oracle, por US$ 10,3 bilhões, anunciada nesta segunda-feira, 13, as duas empresas passarão a ter 25,3% do mercado brasileiro de sistemas de gestão empresarial (softwares e ferramentas de CRM, ERP e SCM). Em julho, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) fez, a pedido da Oracle, um estudo para analisar a concentração de mercado que poderia haver com a fusão das duas empresas no País e a SEAE, em seu parecer, recomendou que a operação (de fusão), do ponto de vista concorrencial, seria passível de aprovação. A SAP, maior concorrente de ambas, tem cerca de 20% do mercado brasileiro.
Individualmente, a PeopleSoft é mais forte no Brasil no segmento de sistemas de gestão. Conforme o estudo da SEAE, a empresa tinha 12,68% do market share de CRM; 7,89% de ERP; e 10,30% de SCM. A Oracle estava com 7,43% de CRM; 5,33% de ERP; e 1,20% de SCM.
No Brasil, ambas as empresas não comentam a fusão, que ocorreu no âmbito das matrizes nos EUA. A transação está prevista para ser concluída apenas em janeiro e, até lá, as filiais devem aguardar como se desenrolará o processo de fusão. A PeopleSoft, no País desde 1995, tem cerca de 300 funcionários, parceria com sete empresas e aproximadamente 300 clientes.
Balanço
A Oracle divulgou, também nesta segunda-feira, 13, o balanço do segundo trimestre do seu exercício fiscal, com lucro líquido de US$ 815 milhões (32% de aumento em relação ao mesmo período do ano passado) e receitas brutas de US$ 2,7 bilhões (crescimento de 10%).
No final de outubro, a PeopleSoft também divulgou seus resultados do terceiro trimestre deste ano, com um lucro líquido de US$ 62 milhões (aumento de 22% em relação ao trimestre anterior) e faturamento total de US$ 699 milhões (crescimento de 8% no trimestre).
