Teles, Enel e Procon assinam acordo para limpar postes em São Paulo

As operadoras Vivo, Oi, TIM e Claro, além do grupo Telcomp, assinaram nesta segunda-feira, 14, em São Paulo, um protocolo de intenções para, juntas com a Enel Distribuição São Paulo (antiga Eletropaulo) e o Procon-SP, acabar com a fiação irregular encontrada em postes na capital paulista. Batizada de "Operação Gambiarra", o termo de cooperação terá início em um trecho pré-definido na região central e sul da cidade, com previsão de conclusão no dia 20 de dezembro para esta primeira etapa.

Segundo o Procon-SP, as operadoras é que ficarão responsáveis por ordenar todos os cabos nas regiões em seis pontos por grupo econômico. Além disso, as teles terão de instalar equipamentos em "local adequado", garantindo que os cabos não estejam em "situação emergencial", situação de risco à população ou em proximidade com a rede de energia.  

De sua parte, a Enel removerá os fios irregulares e clandestinos – ou seja, que não possuem contrato com a distribuidora – para que as operadoras possam ter espaço para adequar as suas redes legítimas. A empresa criticou em junho o uso clandestino de postes e sugeriu que as teles compartilhassem fibra entre si para ajudar no reordenamento.

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A primeira fase contemplará por volta de 1.800 postes, com início da ação de "limpeza" já na noite desta segunda-feira, na Av. 23 de Maio. Depois a operação seguirá para as avenidas Pedro Álvares Cabral, Brasil, Rebouças, 9 de Julho e até a Rua José Maria Lisboa, descendo para "toda a região do Paraíso mais a Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini". Segundo o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez, isso contribuirá para deixar São Paulo "livre de toda essa fiação que cria uma imagem péssima na cidade". Em abril de 2018, a Comissão de Resolução de Conflitos da Anatel, ANP (Agência Nacional de Petróleo) e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) já havia determinado a regularização da situação de 2.129 postes da AES Eletropaulo na capital paulista.

A questão da limpeza de postes, contudo, tem uma polêmica: provedores regionais acreditam que estão sendo injustiçadas por cortes de fios. Segundo estimativas da Anatel, o reordenamento das redes áreas em 1,4 mil cidades com mais de cinco prestadores de telecom poderia custar mais de R$ 20 bilhões. A questão é um dos pontos mais importantes da revisão da Resolução Conjunta nº 4, atualmente em andamento e que deve ser concluída em 2020, também alterando a dinâmica do preço referência na resolução de conflitos no aluguel dos postes. Uma solução aventada para o reordenamento é a de um "operador neutro" para favorecer o compartilhamento da infraestrutura, como ocorre em Minas Gerais.

1 COMENTÁRIO

  1. Otima notícia. Porém enquanto o enterramento dos fios não vem a Enel precisa parar de mutilar as preciosas árvores de São Paulo.

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