Para Bernardo, houve "desfalque" na Oi; ministro diz não ter conversado com governo português

Para o governo brasileiro, o episódio do calote dado pela Rioforte na Portugal Telecom e, indiretamente, na Oi, no valor de quase 900 milhões de euros, é o equivalente a um "desfalque". Segundo o ministro das Comunicações Paulo Bernardo,  o processo de fusão com a Portugal Telecom estava sendo um processo positivo para a empresa, "mas aí veio esse incidente do empréstimo, acho que deram o desfalque, porque um empréstimo desse no meio do processo e antes do banco quebrar foi muito ruim para a empresa". Como consequência do desfalque, Paulo Bernardo aponta a ausência da Oi no leilão de 700 MHz, o que deverá limitar a capacidade da empresa no futuro. "A faixa deve ser vendida num segundo momento, em 2015 ou 2016, mas prejudicou a estratégia da empresa".

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Bernardo disse que o governo tem apenas acompanhado a situação da Oi e solicitado à Anatel informações sobre o desempenho operacional da empresa. Questionado se o governo brasileiro teria sido procurado pelo governo português sobre a possibilidade de que os ativos da Portugal Telecom sejam vendidos pela Oi em Portugal, Paulo Bernardo negou qualquer comunicação nesse sentido.

Já a Anatel disse estar atenta a qualquer impacto que a crise na operadora possa ter no desempenho dos serviços. João Rezende, presidente da Anatel, afirma que a agência está acompanhando se as mudanças no quadro diretivo gerem problemas operacionais. "A qualidade do serviço não pode sofrer com esse quadro de troca de dirigentes. Temos indicadores para acompanhar, estamos acompanhando, e se precisar iremos de novo atuar na melhoria dos indicadores. Inclusive a proposta do TAC é para melhorar esses indicadores, porque a gente não quer que os problemas prejudiquem a própria empresa e o usuário".

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